O que causa a obesidade mórbida?
As razões para ser obeso são muitas e complexas. Não são simplesmente conseqüencia da alimentação exagerada. As pesquisas mostram que em muitos casos existe uma causa significativa que é a genética. Estudos demonstram que uma vez detectado o problema, esforços como dieta e exercícios produzem efeito de pouca duraçao.
A ciência continua procurando respostas. Mas até que se entenda melhor a doença, o controle do excesso de peso é algo que os pacientes tem que enfrentar por toda vida. Eis a razão porque é tão importante entender que mesmo as intervenções médicas comuns, incluindo cirurgia de redução de peso, não podem ser consideradas curas. São tentativas de reduzir os efeitos do peso excessivo e aliviar as sérias conseqüencias físicas, emocionais e sociais da doença.
A obesidade mórbida como ameaça a saúde?
A obesidade mórbida traz uma expectativa de vida mais curta. Para indivíduos cujo peso exceda duas vezes o seu peso ideal (acontece com 2% a 6% da população norte-americana), o risco de morte prematura é duas vezes maior se compararmos aos não obesos. O risco de morte por diabete ou ataque cardíaco é cinco a sete vezes maior. Além dos problemas de saúde ligados a obesidade, podemos afirmar que o ganho de peso, por si só, pode conduzir a uma condição conhecida como obesidade em "estágio final", em que, na maioria dos casos, nao há opção de tratamento. Mas a morte prematura não é a única conseqüencia potencial. Os problemas de ordem social, psicológica e econômicos são reais e podem ser especialmente devastadores.
Problemas de saúde relacionados a obesidade.
São problemas que, sozinhos ou combinados, podem reduzir de maneira significativa a expectativa de vida. Apresentamos uma lista parcial dos mais comuns. Seu médico pode fornecer uma lista mais detalhada.
Diabetes tipo 2
Indivíduos obesos desenvolvem uma resistencia a insulina (que regula os níveis de açúcar do sangue). Com o tempo, a taxa alta de açúcar pode causar sérios problemas ao corpo.
Pressão alta / doença cardíaca
O excesso de peso sobrecarrega o coração impedindo-o de trabalhar normalmente. A hipertensão resultante (pressão alta) pode ocasionar ataques, bem como sérios danos ao coração e aos rins.
Osteoartrite nas articulações que suportam peso
O peso adicional que sobrecarrega as juntas, particularmente joelhos e quadris, acarreta um gasto e uma distensão rápidos, acompanhados de dor por causa da inflamação. Ao mesmo tempo, ossos e músculos das costas sao constantemente sacrificados resultando em problemas de disco, dor e diminuição da mobilidade.
Apnéia / problemas respiratórios
Depósitos de gordura na língua e no pescoço podem causar obstrução intermitente da passagem do ar. Como a obstrução aumenta quando se dorme de costas, acorda-se freqüentemente para mudar de posição. A falta de sono resulta em sonolencia durante o dia e dor de cabeça.
Refluxo gastroesofágico
O ácido que fica no estômago freqüentemente causa algum problema. Quando o ácido escapa para o esôfago através de uma válvula fraca e sobrecarregada no alto do estômago, o resultado é conhecido como refluxo gástrico. Azia e má digestão sao sintomas comuns. Aproximadamente 10% a 15% dos pacientes com estes sintomas, mesmo esporádicos, desenvolverao uma doença chamada "Esôfago de Barret" que é uma mudança pré-maligna na membrana do esôfago, causa do câncer de esôfago.
Problemas de vesícula ocorrem muito freqüentemente nos obesos, em parte devido aos esforços da dieta que predispoe o paciente a este problema. Quando há formação de pedras na vesícula causando dores abdominais ou icterícia, a vesícula precisa ser removida.
Depressão
Pessoas com sobrecarga de peso enfrentam constantes desafios: insucessos repetidos na dieta, falta de aprovação da família e amigos, ironias e comentários de desconhecidos. Geralmente experimentam discriminação no trabalho, nao podem sentar-se confortavelmente nos teatros ou assentos de ônibus ou aviao. Esta ansiedade e depressão podem conduzir a anos de sofrimento.
Infertilidade
A incapacidade ou diminuição da capacidade de ter filhos.
Rachaduras na pele
A higiene da pele pode ser um problema de grande importância para os obesos porque as camadas da pele podem atritar-se causando rachaduras e infecção.
Pernas inchadas / úlceras da pele
É comum o inchaço nas pernas dos obesos por causa dos coágulos nas veias das pernas. Podem ocorrer rachaduras da pele que, se nao tratadas, serao difíceis de sarar.
Incontinencia urinária
Um abdômen pesado e avantajado e o conseqüente relaxamento dos músculos pélvicos, especialmente associados aos efeitos do parto, podem tornar a válvula da bexiga enfraquecida, conduzindo a incontinencia urinária quando se tosse,espirra ou ri.
Irregularidades menstruais
Obesas mórbidas freqüentemente tem disfunções no ciclo menstrual, incluindo interrupção, fluxo anormal de menstruação e dor crescente associada ao ciclo menstrual.
Estase venosa nas extremidades inferiores
Doenças do coração ou dos rins resultantes do peso excessivo podem causar uma estase venosa que afeta a função das veias nas pernas. O resultado comum é o inchaço da parte inferior da perna e do tornozelo.
Hipertensão intracranial ideopática (Também conhecido como falso tumor cerebral)
É um aumento da pressão do fluido cérebro-espinal . O fluido cérebro-espinal é o líquido que banha o cérebro e o cordão espinal. É mais comum em mulheres com sobrepeso na idade fértil. Se não for tratado pode causar dificuldade de visao e até mesmo cegueira.
Dislipidemia (anormalidades no metabolismo lipídico)
Dislipidemia é a desordem das substâncias gordurosas no sangue. Uma forma comum de dislipidemia é o chamado "colesterol alto". Dislipidemia entretanto é um termo que se refere a todos os problemas de saúde relacionados a falta ou ao excesso de certos lipídios. O perigo aparece quando os lipídios começam a se acumular dentro das paredes das artérias, e tecidos de cicatriz e outros dejetos começam a aumentar e endurecer as paredes. Algumas artérias ficam literalmente bloqueadas. Os médicos chamam este fenômeno de aterosclerose, ou endurecimento das artérias.
Embolia pulmonar
A embolia pulmonar é causada por um coágulo na circulação venosa. A maioria tem origem nos coágulos formados nas extremidades inferiores, conhecidos como trombose de vasos profundos (DVT deep vein trombosis). Como os indivíduos com sobrepeso são mais suscetíveis a problemas circulatórios, as chances de ocorrer uma embolia pulmonar são grandes.
Pancreatite
É uma doença em que o pâncreas fica inflamado. O mal ocorre quando as enzimas digestivas são ativadas e começam a atacar o pâncreas.
Opções para o tratamento médico da obesidade mórbida
Existem muitas opçães para quem quer se submeter a um tratamento de redução de peso. Os próprios planos de saúde exigem que os pacientes tenham uma história de tratamentos médicos supervisionados para perda de peso antes de pedirem autorizaçao para a cirurgia. Os programas de redução de peso sem cirurgia são baseados em alguma combinação de dieta / modificação de comportamento e exercícios regulares. Infelizmente até mesmo os mais eficazes programas demonstraram resultados positivos somente numa pequena porcentagem de indivíduos. Estima-se que menos de 5% dos indivíduos que participam dos programas de redução de peso sem uso da cirurgia perderão uma quantidade suficiente de peso e manterão essa perda por um longo período de tempo. De acordo com os INSTITUTOS NACIONAIS DE SAÚDE (National Institutes of Health) mais de 90% das pessoas inscritas nestes programas recuperam o peso dentro de um ano. É muito difícil evitar a recuperação do peso perdido em pacientes com obesidade mórbida. Diversos riscos de saúde foram identificados em pessoas que mudam de dieta para dieta, submetendo seus corpos a um severo e contínuo ciclo de perda e ganho de peso, a conhecida dieta ioiô.
A obesidade mórbida é uma doença complexa crônica que compreende muitos aspectos. A cirurgia de redução de peso, quando comparada a outras intervençães, tem proporcionado um período mais longo de equilíbrio de peso em pacientes que não lograram exito com outras terapias.
Para muitos pacientes o risco de morte por não submeter-se a cirurgia é maior do que os riscos de complicações de uma operação.
Esta é a razão porque em 2001 foram realizadas cerca de 50.000 operações e porque a SOCIEDADE AMERICANA PARA CIRURGIA BARIÁTRICA estima que em 2002 serão realizadas 60.000. Os pacientes que se submeteram a operação e estão se beneficiando dos resultados relatam melhoria na qualidade de vida, nas interações sociais, no bem estar psicológico, na oportunidade de emprego e mesmo nas condições econômicas.
Em estudos clínicos, candidatos a operação que apresentavam problemas múltiplos de saúde relacionados a obesidade questionaram a segurança de tal cirurgia. Estes estudos mostram que a seleção dos candidatos é baseada em critérios estritos e que a cirurgia é uma boa opção para a maioria dos pacientes.
Cirurgia de redução de peso
Uma análise séria para um problema sério; a cirurgia de redução de peso é uma cirurgia grande. Seu uso crescente para tratar a obesidade mórbida é o resultado de três fatores: nosso conhecimento dos riscos significativos da obesidade para a saúde; o baixo risco e as poucas complicações da operação comparados a desistencia da cirurgia; e a ineficácia dos procedimentos não cirúrgicos atuais para redução de peso. A cirurgia deve ser vista principalmente como um método para aliviar uma doença. Na maioria dos casos o paciente indicado para submeter-se a operação deve ter 100 libras (45 kg) acima do peso ideal ou ter um índice de massa corporal igual a 40 ou maior. Se o médico do paciente determinar que os problemas de saúde relacionados a obesidade tem como única solução a cirurgia, pode-se indicá-la para pessoas com IMC próximo de 35. Em muitos casos, exige-se dos pacientes provas de que as tentativas de perder peso foram ineficazes antes que a cirurgia seja aprovada. Mais importante, entretanto, é o compromisso do paciente de seguir os cuidados recomendados. A maioria dos cirurgiões exige de seus pacientes uma séria motivação e um claro conhecimento da dieta intensa, dos exercícios e da conduta médica que devem ser seguidos para o resto de suas vidas depois de tal cirurgia.
Mudando o equilíbrio energético. A chave para a perda de peso
O equilíbrio energético é a relação entre a quantidade de comida absorvida e a quantidade de energia gasta pelo corpo. O excesso de energia é armazenado no corpo em forma de gordura e mantido em reserva até que seja retransformado em energia. Quando a energia despendida em uma atividade física é maior do que a energia da comida ingerida, as reservas de gordura são usadas e o excesso é queimado para compensar as necessidades do corpo. Deste modo a reduçao da comida ou o aumento da atividade física resultará na perda de peso.
Vale a pena operar?
O peso real a ser perdido pelo paciente depende de vários fatores:
- Idade do paciente.
- Peso anterior a cirurgia.
- Condições gerais de saúde do paciente.
- Procedimento cirúrgico.
- Capacidade de exercitar-se.
- Compromisso de manter uma dieta e outros cuidados.
- Motivação do paciente e cooperação da família e dos amigos.
Em geral diz-se que a operação foi bem sucedida se houver perda de 50% ou mais do peso excedente e se este nível for mantido no mínimo por cinco anos. Os dados clínicos podem variar para cada um dos diferentes procedimentos mencionados neste livro. Os resultados podem variar também conforme o cirurgião. Peça a seu médico dados clínicos apresentando os resultados de operações já feitas por ele.
Estudos clínicos mostram que após a operação a maioria dos pacientes perde peso rapidamente e continua a faze-lo até 18 a 24 meses após. Há pacientes que perdem de 30% a 50% de seu peso excedente nos seis primeiros meses. Outros perdem 77% do excesso nos doze meses após a cirurgia. Um outro estudo demonstrou que alguns pacientes podem manter uma diminuição de 50% a 60% do excesso por um período de dez a quatorze anos após a cirurgia. Pacientes com IMC inicial maior tendem a perder mais peso. Pacientes com IMC inicial menor perderão uma porcentagem maior do seu excesso de peso e provavelmente chegarão mais perto do peso ideal. Pacientes com diabetes tipo 2 tendem a perder menos peso total do que pacientes sem diabetes tipo 2. A operação tem-se mostrado eficaz melhorando e controlando muito problemas de saúde relacionados a obesidade. Um estudo do ano 2000 em 500 pacientes demonstrou que em 96% de certos problemas de saúde (dor nas costas, apnéia do sono, pressão alta, diabetes e depressão) melhoraram ou foram resolvidos. Por exemplo, muitos pacientes com diabetes tipo 2 embora perdendo menos peso tiveram excelente melhora a ponto de diminuir e até abandonar a medicação para o tratamento do diabetes.
Entendendo o trato gastrointestinal
Para melhor entender como funciona a cirurgia para redução de peso é importante entender como funciona o trato gastrointestinal. A medida que o alimento circula através do trato vários sucos digestivos e enzimas aparecem em estágios específicos que permitem a absorçao dos nutrientes. O que não é absorvido é eliminado. Segue uma descrição simplificada do trato gastrointestinal. Seu médico pode dar uma descrição mais detalhada para ajudar a compreender melhor como funciona a operação para redução de peso.
O esôfago é um tubo muscular longo que leva o alimento da boca para o estômago.
O abdômen contém todos os órgaos digestivos.
O estômago, situado no alto do abdômen, normalmente retém somente 1500 ml do alimento de uma única refeição. Nele o alimento é misturado com um ácido que é produzido para ajudar na digestão. O ácido e outros sucos digestivos servem para facilitar a fragmentação das proteínas complexas, das gorduras e dos carboidratos em unidades menores, mais facilmente absorvíveis.
Uma válvula entre o esôfago e o estômago permite que o alimento entre mas evita que o ácido reflua para o esôfago, o que causaria lesão e dor.
O piloro é um pequeno músculo redondo localizado na saída do estômago e na entrada do intestino delgado. Ele fecha a saída do estômago enquanto a comida está sendo digerida. Após a digestão o piloro abre e deixa o conteúdo do estômago passar para a primeira porção do intestino delgado.
O intestino delgado tem cerca de 15 a 20 pés de comprimento (5 a 7 metros) e é onde a maior parte da absorção dos nutrientes acontece. O intestino delgado é composto por tres secções: duodeno, jejuno e íleo.
O duodeno é a primeira secção do intestino delgado e é lá que o alimento se mistura com a bile produzida pelo fígado e com outros sucos do pâncreas. Nele a maior parte do ferro e do cálcio é absorvida.
O jejuno é a porção média do intestino delgado estendendo-se do duodeno ao íleo; é responsável pela digestão.
O último segmento, o íleo, é responsável pela absorção das vitaminas A, D, E, K e de outros nutrientes.
Uma outra válvula separa o intestino delgado do intestino grosso para impedir que as bactérias do cólon voltem para o intestino delgado.
No intestino grosso sao absorvidos a proteína e o excesso de fluidos, formando-se então os resíduos sólidos.
Como funciona a cirurgia de reduçao de peso?
Ao fazerem operações que exigiam a remoção de grandes segmentos do estômago e intestino de um paciente, os cirurgiões começaram a relacioná-las com a perda de peso. Depois destas cirurgias os médicos verificaram que muitos pacientes eram incapazes de manter seu peso anterior a cirurgia. Após vários estudos, os cirurgiões passaram a recomendar modificações similares que poderiam causar redução de peso em pacientes obesos mórbidos. Na última década houve um aperfeiçoamento destas técnicas a fim de melhorar os resultados e minimizar os riscos. Hoje em dia, os cirurgiões bariátricos tem acesso a vários dados clínicos para ajudá-los a determinar quais as cirurgias que devem ser usada, e porque. Atualmente, a Sociedade Americana de cirurgiões Bariátricos descreve duas técnicas básicas para a cirurgia de redução de peso:
- Técnicas restritivas;
- Técnicas de má absorção;
- Técnicas restritivas para diminuir a ingestão de alimento.
A teoria é simples. Quando você se sente alimentado, você tende a ter menos fome. Como conseqüencia comerá menos. A cirurgia de redução de peso funciona reduzindo a quantidade de alimento consumido cada vez. Ela porém nao interfere com a absorção normal (digestão) do alimento. Numa técnica restritiva, o cirurgião cria uma pequena bolsa na parte superior do estômago. Esta bolsa, com capacidade de aproximadamente 15 a 30 ml, liga-se ao restante do estômago através de uma saída conhecida como "stoma". Quando o paciente coopera, a reduzida capacidade do estômago, juntamente com as mudanças de comportamento, podem resultar na ingestao de menos calorias e conseqüentemente na perda de peso.
Durante a recuperação, os pacientes devem seguir estritamente a dieta e as restrições prescritas pelo cirurgião. Estas recomendaçoes podem variar de um cirurgião para outro. O importante é seguir as recomendações. Quando chega a hora de voltar a comer "a comida normal", o paciente deve aprender a adaptar-se a nova maneira de se alimentar.
Em cada refeição, deve restringir-se a comer aproximadamente metade de uma xícara de comida antes de sentir-se desconfortável. Os pacientes que alcançam os melhores resultados de uma técnica restritiva sao aqueles que aprendem a comer vagarosamente, a comer menos e a evitar líquidos, especialmente bebidas com gás carbônico. Se o paciente nao seguir estas recomendações, pode aumentar a bolsa do estômago e /ou a saída do stoma, invalidando o efeito da cirurgia. A eficácia de um procedimento restritivo é reduzido quando se vive "beliscando" ou bebendo líquidos com muitas calorias ou gordurosos. A perda de peso nao é alcançada quando o paciente deixa de seguir a dieta recomendada e nao muda de comportamento, como por exemplo deixando de fazer os exercícios recomendados e deixando de freqüentar grupos de apoio.
Técnicas de má absorção que alteram a digestão
Pode-se dizer que alguns aspectos discutidos acima nem sempre alcançaram sucesso. Por esta razão foram desenvolvidas as técnicas de má absorção para trabalhar em conjunto com as técnicas restritivas. As técnicas de má absorção alteram a digestão, fazendo com que a comida seja mal digerida e absorvida de maneira incompleta, eliminando boa parte dos nutrientes no bolo fecal. Além da restrição, estas técnicas envolvem um desvio do intestino delgado, limitando a absorção de calorias. Contrabalançando, as técnicas de má absorção ou má absorção /restritivas resultam num aumento de perda do excesso de peso comparando-se com as técnicas simplesmente restritivas. O risco das complicações geralmente aumenta com o aumento do desvio no intestino delgado. Você e seu cirurgião devem determinar os riscos e os benefícios de cada tipo de cirurgia de redução de peso.
Qual o procedimento certo para você?
Obter todas as informações sobre os diferentes tipos de cirurgia é o passo mais importante ao selecionar uma cirurgia de redução de peso. Seu cirurgião e outros médicos sao a melhor fonte de informação. Quando fizer uma pergunta, certifique-se que entendeu a resposta. Não hesite em pedir uma explicação mais clara em linguagem simples. A decisão de fazer ou nao uma cirurgia de redução de peso pode depender de várias visitas ao consultório e de opinião de mais de um doutor. Peça a seu médico nomes de outros pacientes que se submeteram a tais cirurgias e que estejam dispostos a discutir suas experiencias, positivas ou negativas.
Você pode pesquisar sobre esta cirurgia via Internet ou na biblioteca local. Certifique-se de que são fontes idôneas, especialistas no campo que você está investigando. Uma excelente fonte para esta cirurgia é a Sociedade Americana para Cirurgia Bariátrica (American Society for Bariatric Surgery).
Embora os resultados desta cirurgia possam ser muito bons há riscos e complicações potenciais. Antes de tomar uma decisão você deve estar bem informado. Estes passos sao necessários se houver exigencia de um "consentimento escrito". Consentimento escrito é um termo legal em que o paciente demonstra ter recebido e compreendido todas as informações a respeito dos benefícios e riscos da cirurgia, permitindo entao tomar uma decisão do que é bom para ele. Seu cirurgião pedirá que você assine um formulário antes da operação. Antes de assinar você deve ter uma perfeita compreensão do que vai acontecer. Você deve saber o que você vai precisar para viver bem depois da operação. E você deve estar bem consciente dos sinais ou sintomas de complicações que podem ocorrer depois da cirurgia.
Que riscos estão envolvidos numa operação de redução de peso?
Como qualquer procedimento cirúrgico esta operaçao apresenta riscos. O paciente deve discutir com seu médico o procedimento apropriado a seu caso. O apendice A, no fim deste livro, traz uma lista de alguns riscos e complicações que podem ocorrer depois da cirurgia. É uma lista incompleta. Algumas complicações raras não são discutidas. No entanto é importante que você discuta com seu médico os riscos específicos para uma pessoa nas suas condições e que se candidate ao procedimento em questão.
Perguntas para seu médico
Ser um paciente bem informado é bom tanto para você quanto para seu médico. Eis algumas perguntas que você deve fazer antes de se decidir por um cirurgião bariátrico:
- Que tipos de procedimentos cirúrgicos de redução de peso já fez?
- Quantas operações de cada tipo já fez?
- Essa operação pode ser feita com um mínimo de técnicas invasivas?
- Eu posso ser considerado um candidato a cirurgia mesmo tendo um ou mais problemas de saúde relacionados a obesidade?
- Qual a técnica melhor para mim? Por que? Quais os riscos?
- Quanto tempo durará a operação?
- Quanto tempo ficarei no hospital antes da operação?
Quanto tempo leva para que eu possa retomar minhas atividades normais?
- Qual a mudança de meus hábitos alimentares?
Qual o custo e quais as opções de pagamento?
- Qual é a perda média de excesso de peso e a melhora da condição de saúde de seus pacientes anteriores?
- Você tem pacientes que querem compartilhar suas experiencias, positivas e negativas?
- Que informação você pode me dar para ajudar minha família e meus amigos a compreender melhor essa cirurgia?
- Que cuidados pós-operatórios você pode me indicar? (Grupo de apoio e Aconselhamento).
- O que você espera de mim se eu optar pela cirurgia?
* Mais exemplos de perguntas em www.asbs.org.
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