OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Magros com doenças de obesos

Magros com doenças de obesos


As pessoas obesas não são as únicas predispostas a sofrer diabetes ou doenças cardiovascular 
 As pessoas obesas não são as únicas predispostas a sofrer diabetes ou doenças cardiovasculares. Os dados de um estudo dirigido pelo cientista José Manuel Fernández-Real, chefe do setor de diabetes do Hospital Josep Trueta da cidade espanhola de Girona, indicam que o gene IRS1 está relacionado a uma menor quantidade de gordura corporal.

Segundo a pesquisa, que contou com a participação de 72 instituições de dez países, esse mesmo gene também induz a concentrações elevadas de colesterol e glicose no sangue, dois indicadores elementares das doenças metabólicas.

Para entender por que um gene associado à magreza leva ao aumento do risco de doenças metabólicas, os cientistas pesquisaram a distribuição da gordura corporal em pessoas portadoras de uma variante deste gene. Dessa forma, descobriram que tal variante do gene só reduz a gordura subcutânea, mas não a gordura visceral.

"A gordura subcutânea pode ser benéfica. Por outro lado, a gordura que se acumula debaixo do abdômen é prejudicial", explica Fernández-Real, membro do Centro de Pesquisa Biomédica em Rede-Fisiopatologia de Obesidade e Nutrição.

"A gordura subcutânea é um armazém fisiológico de energia. Se por uma alteração genética esta capacidade fica limitada, a gordura se deposita em locais onde não deveria fazê-lo, tais como nos músculos, fígado e abdômen", assinala.

As mulheres têm maior depósito de gordura subcutânea. Nos homens, pelo contrário, a capacidade de armazenar gordura debaixo da pele é menor. Por isso, segundo o cientista, essa gordura "se deposita no abdômen, onde causa danos".

Os hormônios femininos, além de exercerem suas várias funções já conhecidas, favorecem a formação de um depósito de gordura sob a pele. Tal gordura será necessária durante a gravidez "para suplementar com essa energia o novo feto em gestação", manifesta Fernández-Real.

Além disso, o número de infartos de miocárdio é muito superior em homens durante as primeiras décadas da vida. Já nas mulheres, "a partir do fim dos ciclos menstruais, a mortalidade por infarto do miocárdio começa a se igualar entre os dois sexos", acrescenta.

O pesquisador explica que isso poderia ser causado, entre outros fatores, pelo fato de que, depois da menopausa, a gordura acumula menos sob a pele e começa a se depositar no abdômen.

IRS1 e diabetes.
 As mulheres têm maior depósito de gordura subcutânea

Quanto ao diabetes, o chamado receptor da insulina de tipo 1 - ou IRS1 - não afeta o desenvolvimento da insulina no pâncreas, mas sim a resposta dos tecidos a ela.

"A maioria dos genes identificados até o momento como de risco de diabetes tipo 2 reduz a função do pâncreas, especificamente das células beta do pâncreas que produzem a insulina. O IRS1 tem a ver com a função dos outros tecidos do corpo", destaca Fernández-Real. "Em vez de diminuir a produção da insulina, reduziria o efeito desta substância nos músculos, fígado e gordura, um processo conhecido como resistência à insulina".

No entanto, embora os genes desempenhem um papel importante quando se trata de obesidade e de outras patologias relacionadas ao sobrepeso, fatores como alimentação adequada e exercícios físicos podem ajudar a combater seus efeitos.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), "em 2001, as doenças crônicas causaram aproximadamente 60% do total de 56,5 milhões mortes notificadas no mundo e 46% da carga mundial de morbidade". A entidade estima ainda que a proporção de carga de doenças não transmissíveis deva aumentar para 57% até 2020.

"Quase metade do total de mortes por doenças crônicas é atribuível às doenças cardiovasculares. A obesidade e o diabetes também estão mostrando tendências preocupantes, não só porque já afetam grande parte da população, mas também porque começaram a aparecer em períodos mais precoces da vida", alerta a OMS.

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