Descubra como o médico psiquiatra José Rui Bianchi conseguiu a façanha de perder mais de 30 kg em 5 meses e inspire-se nessa experiência de sucesso para dar um gás em sua própria dieta
Aceitar encarar mudanças de postura pode promover benefícios incalculáveis na luta contra a obesidade. No livro Emagrecer também é marketing (DVS Editora), o médico psiquiatra José Rui Bianchi relata o que o levou a perder mais de 30 kg em cinco meses e mostra como associar reeducação alimentar, atividade física e autoestima para criar uma imagem pessoal mais positiva e promissora. Confira, a seguir, um trecho da obra.
Consciência do corpo
Dentro da qualidade de vida, há o “bem-estar emocional”. Esse “bem-estar emocional” se refere a tudo: é estar de bem com o mundo, mas principalmente, consigo mesmo. É olhar no espelho e ver alguém legal, radiante, belo tipo, como Jô Soares que diz: “Eu sou o gordo mais magro do Brasil”. Se você está satisfeito com seu corpo, seja ele gordo ou não, tudo bem. Mas, se você é feliz com seu corpo gordo, porém a obesidade vem lhe causando risco de vida, então é preciso agir, para deixar tudo bem.
Você pode estar contente com seu corpo obeso, entretanto, com taxa de colesterol alta, problemas de coluna, possível hérnia de hiato (passagem de uma porção do estômago para a cavidade torácica, através do hiato esofágico do diafragma e que causa pirose, regurgitação, eructação e dor), edema nas pernas, cansaço fácil, falta de ar, hipertensão arterial e outros sintomas ou sinais; conseqüentemente, não está vivendo bem e, sim, sujeito a um possível ataque cardíaco.
Outra situação é estar bem de saúde e insatisfeito com sua estética, que lhe traz incômodos e restrições. Chamamos a atenção para a consciência de seu corpo e de seu estado de saúde. Se perceber algum dos sintomas indicados, você deverá, conscientemente, procurar um médico e orientar-se para um tratamento seguido de regime de emagrecimento. Caso a estética não esteja bem, o procedimento é o mesmo: procurar um médico especialista, ou um orientador alimentar, para acompanhá-lo num regime.
O fato de querer emagrecer tem que iniciar pela aceitação do corpo, mesmo que ele esteja esteticamente desagradável. A não aceitação do corpo impede o desenvolvimento do emagrecimento. Quem não gosta do próprio corpo não fará nada para melhorá-lo. Gostar do corpo, amá-lo como ele está (observe o verbo: “estar”, isso quer dizer que ele não “é” assim, ele apenas “está” assim nesse momento e poderá ser modificado) faz com que se trabalhe a favor dele. As pessoas fazem e querem do bom e do melhor para seus filhos porque os amam. Amar o próprio corpo é querer que ele melhore.
Querer emagrecer
É uma questão de querer realmente e “fazer a cabeça” nesse sentido. Necessita-se de muita força de vontade. Por onde começar, já sabemos: ingerir menos calorias do que o organismo irá consumir. Observação importante: de nada adianta ingerir menos calorias se o organismo não gastá-las, porque não haverá emagrecimento. Por exemplo: você ingere duas mil calorias no dia e permanece deitado o tempo todo. O corpo não consome calorias, portanto, as duas mil tornam-se até excessivas. Não haverá emagrecimento.
Como dissemos anteriormente, é necessário “fazer a cabeça” para se iniciar qualquer processo de emagrecimento. Haja o que houver, deve-se perseverar na manutenção do processo. Não é fácil, mas é compensador.
Ao sentir que a obesidade não lhe permite Qualidade de Vida e que seu organismo retém as calorias excedentes à sua real necessidade, conscientize-se: querer emagrecer depende de opinião, vontade e perseverança (...). Você precisa, na realidade, mudar a cultura em que está inserido, mudar seu paradigma. Normalmente, o paradigman da alimentação e do viver bem é: comer do bom e do melhor; sombra e água fresca.
Comer do bom e do melhor significa alimentar-se com o que há de melhor: grandes churrascos, carnes bonitas e gordurosas, presunto gordo, copa, salaminho, carne de porco, cabrito, queijos (todos), leite tipo A, massas acompanhadas de belos molhos, pães os mais variados (com lingüiça, com torresmo, de leite, de centeio, de glúten, doces, panetones, colomba etc.), manteiga, pudim, pavê, sorvete, doces em geral, vinho, cerveja, refrigerante, uísque, sucos, chocolate, bombom, azeitona, amendoim, castanha-de-caju, mel, maioneses, cremes, feijoada, camarão (de todas as maneiras), peixes, frutos-do-mar, canapés, lingüiças (calabresa, de frango, de pernil), creme de leite, strogonoff, frutas, legumes e muito, muito mais.
Por “sombra e água fresca”, entendemos: bastante sossego, sem muito movimento, para não cansar. Há necessidade de mudar para um paradigma seu, que você definirá mais ou menos assim: “Como já comi praticamente de tudo nesta vida, de agora em diante terei a conduta de comer o que me fizer bem, satisfazendo às minhas necessidades calóricas, que resultarão de minha atividade física adequada ao meu corpo e à minha idade; tudo isso com um prazer enorme, porque amo ser magro e quero ter a mais saudável vida”.
Dessa forma, haverá equilíbrio em seu corpo e sua completa integração com seus familiares e com a sociedade em geral.
http://www.triada.com.br/dieta/historias-de-sucesso/aq171-197-245-1-obesidade-na-minha-vida-passado.html
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