Reeducação Alimentar
Muitas pessoas vêm combatendo as dietas e propondo a sua substituição pela reeducação alimentar, que significa adotar novos hábitos de alimentação.
A nutricionista Celiane Gonçalves explica que apesar da importância de uma alimentação saudável ser bastante divulgada, ela ainda é pouco colocada em prática. Algumas das causas incluem a correria do dia-a-dia, a falta de sossego durante as refeições, o consumo freqüente de fast-food (considerado mais atraente e saboroso na falta de tempo para degustar uma refeição mais adequada).
Uma prática que deve ser realizada por todos, a reeducação alimentar ganha cada vez mais importância e é sinônimo de sucesso. O mais importante é aprender a COMER BEM para manter seu peso adequado!
A reeducação alimentar não está indicada apenas para quem possui excesso de peso e pode ter vários objetivos, como: perda ou ganho de peso, controle da glicose, o controle do colesterol ou até de inúmeras outras doenças e situações que exigem uma mudança de hábito alimentar, como por exemplo, as cardiopatias e a cirurgia bariátrica. A reeducação alimentar é fundamental até mesmo para quem está super saudável e queira apenas manter o peso, para o bem estar e qualidade de vida.
A Reeducação Alimentar deve envolver a família.
A nutricionista Celiane Gonçalves ressalta que a família deve colocar em prática a reeducação alimentar, pois o comportamento alimentar dos pequenos está diretamente associado ao dos pais, que são as suas primeiras referências.
Obesidade infantil – Um grande perigo da vida moderna
A obesidade infantil aumentou cinco vezes nos últimos 20 anos no Brasil e já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras. Entre as principais conseqüências está o aumento de casos de diabetes e problemas cardiovasculares, além do aumento dos níveis de colesterol e triglicérides, situações estas bastante comuns entre nossos clientes mirins.
Acompanhamento Alimentar na Infância
Para prevenir o aumento da população obesa no país, é essencial que se tome por ponto de partida o acompanhamento alimentar rigoroso na infância. O consumo freqüente de salgadinhos em pacote, que possuem elevados teores de sal, gordura saturada, colesterol e calorias, bem como o aumento do consumo de “fast food” influencia significativamente o crescente consumo de alimentos gordurosos e altamente calóricos, como maionese e batatas fritas.
O que uma criança deve comer para ser saudável?
Ensinar as crianças a comer direito e com qualidade é um dos grandes desafios da educação nutricional. Para competir com a grande oferta de guloseimas, alimentos calóricos e pouco nutritivos, só com a persistência, motivação e o exemplo dos pais.
Toda criança precisa comer de tudo de uma forma equilibrada para se desenvolver com saúde. É desde pequeno que se instituem os hábitos alimentares corretos, que acompanharão a criança para toda a vida. As crianças copiam os hábitos dos pais, sejam eles bons ou maus. Mas a participação dos pais para a instituição de hábitos alimentares saudáveis é fundamental. Se o pai ou a mãe faz cara feia ao comer algum alimento, certamente não despertará o interesse da criança em experimentar. E se os pais consomem sempre refrigerantes e obrigam o filho a tomar suco, não vai dar certo.
Mudança de hábito
Como qualquer hábito de vida, a reeducação alimentar requer disciplina e persistência mas, como qualquer hábito, depois que os mesmos são adquiridos, mudá-los é muito difícil. A reeducação alimentar pode levar anos, pois precisa ser feita da forma mais natural possível e a alimentação não deve ser um fator de discussão à mesa e estresse porque será motivo de insucesso.
Excesso de peso tem repercussões na qualidade de vida
A nutricionista Daniela Neves informa que além do incômodo do ponto de vista estético, o excesso de peso tem repercussões na qualidade de vida e está diretamente ligado ao aparecimento de diversos problemas de saúde como diabetes, hipertensão, colesterol elevado, dores nas articulações e problemas de coluna.
O nosso corpo acumula reservas de energia sob forma de gordura. Por isso se você come mais calorias do que o necessário, para o bom funcionamento do organismo, elas se depositam originando os famosos “pneuzinhos”. Quando precisamos de energia estas reservas são utilizadas reduzindo estes depósitos e, consequentemente, as gorduras armazenadas levando a perda de peso.
Radicalismo não funciona
Quando a pressa para reduzir o ponteiro da balança está acima da vontade de emagrecer com saúde, as pessoas optam, na maioria das vezes, por dietas radicais que trazem resultados rápidos, porém com muitos prejuízos ao organismo.
Segundo a nutricionista Daniela Neves estas dietas milagrosas não fornecem quantidades adequadas de calorias, vitaminas e minerais e podem trazer como conseqüência a perda de massa muscular, desidratação, fraqueza, desmaios, doenças cardiovasculares, depressão, anemia entre outras doenças provocadas por deficiência nutricional.
Apesar dos riscos para a saúde, estas dietas dificilmente têm um efeito em longo prazo, pois são muito monótonas (excluem determinados alimentos e super valorizam outros) e desequilibradas e como não promovem a reeducação alimentar leva ao chamado “efeito sanfona”, ou seja, a pessoa perde peso rapidamente, mas recupera rápido também assim que volta aos seus hábitos alimentares anteriores, agravados com repetição de ataques de gula ou compulsões.
Estudos realizados com pessoas que realizam dietas radicais comprovaram que 95% das pessoas que emagrecem com o uso destas dietas recuperam com certa rapidez os quilos perdidos. Além disso, um estudo em 1996 observou 35% das pessoas que faziam dieta evoluem para condutas alimentares patológicas, enquanto de 15 até 45% pode adquirir transtornos alimentares completos, como ataques de gula, compulsões, anorexia e bulimia nervosa.
O que fazer para perder peso de forma saudável?
Daniela informa que a melhor alternativa para uma perda de peso saudável e duradoura é uma alimentação balanceada aliada a mudanças no estilo de vida e a prática regular de atividade física.
Veja, a seguir, algumas dicas que contribuem para uma reeducação alimentar:
* Evite longos períodos sem se alimentar. O ideal é consumir pouca quantidade e melhor qualidade, distribuídos em seis refeições.
* Mastigue bem os alimentos, procurando realizar as refeições em ambientes tranqüilos.
* Aumente a ingestão de líquidos entre as refeições. Consuma no mínimo 2 litros por dia (água, sucos naturais, chás gelados e água de coco).
* Prefira arroz, pães e cereais integrais a refinados, por terem maior quantidade de fibras proporcionando maior saciedade.
* Consuma carnes magras, frango e peixe sem peles.
* Prefira preparações assadas, grelhadas, cozidas e refogadas ao invés de preparações como frituras, à milanesa e a dorê.
* Evite alimentos ricos em gorduras, como manteiga, creme de leite, margarina, bacon, óleo vegetal. Além disso, mantenha distância de petiscos e aperitivos calóricos (os famosos “tira-gostos”, como o amendoim, salgadinhos industrializados, condimentados e batatas fritas). Uma opção é substituí-los por legumes temperados e cortados (como pepinos, etc.) ou queijo branco temperado com azeite e orégano.
* Substitua leites e derivados integrais por desnatados.
* Aumente o consumo de frutas, verduras e legumes. O ideal é consumir uma refeição bem colorida para garantir vitaminas e minerais.
* Aumente o consumo de saladas de verduras e legumes. Incremente com ingredientes como peito de peru, cubos de frango ou peixe, quinua, gergelim, semente de linhaça dourada entre outros. Isto deixará sua refeição mais completa e nutritiva.
* Prefira sobremesas à base de frutas, diet ou light.
* Prefira os sorvetes ou picolés de frutas à base de água, pois são menos calóricos.
* Não vá ao supermercado com fome, isso facilita a compra de alimentos calóricos e guloseimas.
* Para que o resultado esperado seja duradouro e seu corpo se adapte a nova condição, a perda de peso deve ser lenta e progressiva.
Dra. Celiane Gonçalves
Nutricionista e Diretora da Personal Care
Especialista em Imunologia e Nutrição Clínica pela UFPR.
Pós-graduada em MBA Executivo em Gestão Empresarial
pela Fundação Getúlio Vargas-PR,
www.celianegoncalves.com
falecom@celianegoncalves.com
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