OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


sábado, 10 de dezembro de 2011

É preciso ensinar ética na ciência?

28/09/2011

É preciso ensinar ética na ciência?

A Fapesp lançou nesta semana um Código de Boas Práticas Científicas com diretrizes sobre ética na atividade científica.

O texto traz recomendações sobre, por exemplo, quem deve assinar um artigo científico. Também deixa claro que plágio, falsificação e fabricação de dados são “má conduta científica grave”. E dá recomendações de como devem ser conduzidas as investigações de casos de fraude científica.

Uma agência de fomento à ciência como a Fapesp precisa “ensinar” aos cientistas a não fazer fraude científica?

Não. Mas, como disseram os gestores da Fapesp, essa é uma maneira de fazer com que a ética científica vire um assunto nas universidades brasileiras.

Até que um caso de fraude apareça na imprensa pouco se fala sobre má conduta nos corredores acadêmicos. E os cientistas dificilmente fazem denúncias porque sabem que os processos administrativos muitas vezes acabam em pizza -- e que o pesquisador denunciado pode ser o parecerista de um artigo amanhã.

Do lado da sociedade, há pouca cobrança. Arrisco dizer que ainda existe no Brasil um resquício da ideia do cientista mitificado que trabalha por amor, ganha pouco e, imagine, jamais fraudaria dados.

Mas o que parece mais urgente agora aos gestores de ciência é fazer um levantamento dos casos de fraude no Brasil. Nos EUA, por exemplo, um survey com cientistas no ano passado mostrou que 84% deles já viram ou foram autores de má conduta.

Qual seria esse número no Brasil? Quantos processos administrativos de má conduta são conduzidos por ano? Não há nem uma estimativa disso. Mas com certeza foram muito mais casos que os três abaixo, recentemente publicados na Folha.
  
Químico da Unicamp é acusado de fraudar 11 estudos científicos

Aranha com nome de juiz (o formato da história em quadrinhos não pode ser visualizado na versão online)

Entidade faz curso com condenado por plágio
Escrito por Sabine Righetti

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