Novidade adapta para o gosto brasileiro os segredos da alimentação mediterrânea
Frente a essa realidade, o Hospital do Coração (HCor) em parceria com o Ministério da Saúde tem trabalhado para elaborar cardápios que protejam o sistema cardiovascular, sejam acessíveis e respeitem as diferenças regionais do país. A intenção do projeto é adaptar a famosa dieta mediterrânea, conhecida por ser benéfica ao coração, aos hábitos alimentares da população brasileira. "A variedade de frutas, legumes disponíveis, o hábito de comer iogurte e outros laticínios contribuem para criação de combinações saudáveis", afirma a nutricionista Maria Beatriz, do Hospital do Coração. Confira a seguir o que não pode faltar na sua dieta cardioprotetora.
Frutas
"Recomenda-se consumir de três a cinco porções
de frutas diariamente, mas grande parte da população brasileira não
consome sequer um exemplar do alimento por dia", diz a nutricionista
Maria Beatriz, do Hospital do Coração. E em um país com tanta variedade,
não há justificativa para a falta de disciplina.Alguns exemplos de frutas benéficas para o coração são o açaí, que oferece gorduras relacionadas à redução do colesterol ruim; a jabuticaba, rica em flavonoides que impedem a formação de coágulos e ajudam a reduzir a pressão arterial; a melancia, que combate a aterosclerose (formação de placas gordura nos vasos sanguíneos) e o cupuaçu, que graças à fibra solúvel pectina ajuda a manter bons níveis de colesterol.
Hortaliças
Legumes e verduras também devem estar presentes
nas principais refeições do dia, totalizando quatro ou cinco porções
diárias, de acordo com o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação
Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Os benefícios dessa categoria de
alimentos não se dão apenas pelos nutrientes neles encontrados
individualmente, mas principalmente porque quanto mais hortaliças você
colocar no prato, menos espaço terá para opções gordurosas e calóricas.O grande benefício dessa categoria de alimentos está no fato de que eles têm poucas calorias e baixíssimo teor de gorduras. Eles ainda oferecem boa quantidade de fibras e vitaminas. Tanto a rúcula, rica nas vitaminas A e C, quanto a couve, fonte das vitaminas C e E, e o tomate, que contém licopeno, funcionam como antioxidantes, impedindo a ação de radicais livres, substâncias que favorecem o envelhecimento celular. Fique atento apenas aos temperos. Prefira ervas naturais e evite o sal, que favorece a hipertensão.
Óleos vegetais
Um dos alimentos com maior destaque na dieta
mediterrânea é o azeite. "Aqui no Brasil, entretanto, esse alimento
costuma ser muito caro, daí a substituição por óleos vegetais", explica a nutricionista Maria Beatriz.O óleo de soja é um ácido graxo poli-insaturado, rico em vitamina E, ômega 6 e ômega 3, que ajuda a regular os níveis de colesterol e, assim, a proteger o coração. O de canola, um pouquinho mais caro, é a melhor fonte de ômega 3. O óleo de girassol, por sua vez, contém além do ômega 3 e ômega 6, vitamina E e gorduras monoinsaturadas, que aumentam o bom colesterol (HDL) e reduzem o mau colesterol (LDL). Mas não abuse, a ingestão excessiva desses ou de outros óleos prejudica o funcionamento do coração ao favorecer a formação de placas de gordura que atrapalham a circulação do sangue.
Oleaginosas
Oleaginosas
são grandes aliadas do coração por serem fonte de gorduras benéficas, o
que ajuda a controlar o colesterol e, consequentemente, proteger o
sistema cardiovascular. Há grande variedade desses alimentos, mas os
valores costumam ser altos. Por isso, a nutricionista Maria Beatriz
recomenda o consumo da castanha de caju e da castanha do Pará, que por
serem de origem brasileira, costumam ser mais em conta. Quem pode arcar
com uma despesa maior, pode investir nas nozes, no pistache e na avelã.Laticínios
"O consumo de laticínios também é fundamental para uma dieta equilibrada", afirma o nutrólogo Roberto. Felizmente, leite,
iogurte e queijos são bastante consumidos pelos brasileiros. O problema
é que os consumidores costumam investir nas versões tradicionais desses
produtos, que são ricas em gorduras.Assim, o leite integral e o iogurte deveriam ser substituídos pela versão desnatada. Os nutrientes de um e de outro são praticamente os mesmos, mas as taxas de lipídios são bem menores. Já a manteiga, que sempre ficou à frente da margarina por não conter gordura trans, agora deve ser deixada em segundo lugar. A margarina teve sua composição modificada e, agora, quase não apresenta esse nutriente em sua composição. A manteiga, por sua vez, é de origem animal - por isso, rica em gorduras saturadas e vilã no controle do colesterol.
Cereais
Dentre os cereais,
um dos principais amigos do peito é a aveia, afirma a nutricionista
Maria Beatriz. O alimento é fonte de uma fibra insolúvel nomeada
betaglucana, que melhora a circulação e inibe a absorção de gordura pelo
organismo. A aveia reduz as concentrações de colesterol, triglicerídeos
e lipídios totais, favorecendo a saúde cardiovascular. Além dela,
existem cereais ricos em gorduras benéficas, como a linhaça, e que
favorecem a saciedade, como o centeio. Neste caso, o benefício para o
coração é indireto, já que retardando a sensação de fome, o cereal
auxilia na manutenção de um peso saudável.Carnes
A dieta mediterrânea tem ainda uma última lição para quem quer cuidar do coração: reduzir o consumo de carne vermelha.
"Isso porque ela privilegia a ingestão de peixes, que são ricos em
gorduras boas para a saúde cardiovascular", afirma a nutricionista Maria
Beatriz. A profissional diz, entretanto, que a recomendação não
consegue ser mantida por muito tempo no Brasil, já que essas carnes
costumam ser mais caras. Mas tem como deixar sua carne vermelha mais
saudável: um churrasco, por exemplo, continua gostoso mesmo intercalando
os espetinhos de carne com outros de legumes. Fuja ainda dos embutidos,
como salsicha e salame, que são riquíssimos em gordura e sódio, vilões
do coração.
Um excelente post, sem sombra de dúvida !
ResponderExcluirFico contente que tenha gostado, também achei muito interessante!!!
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