Notícia - 21/12/2012 - |
Relatório publicado na The Lancet afirma que obesidade é uma crise de saúde global que supera a fome.
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A obesidade é uma crise de saúde global maior do que a fome. Além disso, é a principal causa de incapacidade em todo o mundo. A afirmação é de um relatório publicado recentemente na revista médica britânica The Lancet. Para criar o relatório Global Burden of Disease Report, cerca de 500 pesquisadores de 50 países compararam dados de saúde do período entre 1990 e 2010. A conclusão foi o que eles denominaram de uma grande mudança nas tendências globais de saúde. De acordo com o documento, mais de 65 milhões de pessoas ou 40% da população brasileira estão com excesso de peso, enquanto 10 milhões são obesos. O relatório também aponta que todos os países, com exceção dos subsaarianos, enfrentam taxas de obesidade alarmantes – um aumento de 82% globalmente nas últimas duas décadas. Nos países do Oriente Médio há mais obesos do que nunca, com um aumento de 100% desde 1990. Dessa forma, problemas de saúde relacionados a índices de massa corporal (IMC)elevados agora superam os relacionados à fome. Topo da Lista Pela primeira vez, doenças não transmissíveis, como diabetes, acidente vascular cerebral e doenças cardíacas estão no topo da lista de causas que deixaram as pessoas enfermas por mais tempo. Segundo Ali Mokdad, coautor do estudo e professor da Universidade de Washington (EUA), houve uma grande mudança na mortalidade. Crianças que faleciam de doenças infecciosas estão se saindo muito bem com a imunização. No entanto, “o mundo agora é obeso e estamos vendo o impacto disso”, afirmou. Ali Mokdad acrescentou que o estilo de vida ocidental está sendo adaptado em todo o mundo com as mesmas consequências. “Estamos vendo até uma grande porcentagem de pessoas que sofrem de dor nas costas agora. Se pudéssemos reduzir as taxas de obesidade, veríamos o número de doenças não transmissíveis e de dor diminuírem também”, explicou. O relatório aponta que, em média, as pessoas são atormentadas por doença ou dores durante os últimos 14 anos de vida, comprometendo a qualidade da mesma. Nos países ocidentais, as mortes por doenças cardíacas são abaixo de 70%, mas o número de pessoas diagnosticadas com doenças cardíacas está aumentando em taxas alarmantes. Desafio De acordo com a Dra. Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial de Saúde, as doenças não transmissíveis são um desafio global de “proporções epidêmicas”. Em um discurso para a Assembleia Geral da ONU, ano passado, ela disse que são um “desastre em câmera lenta”. No mesmo ano, a ONU aprovou uma “declaração política” destinada a conter a onda crescente de doenças não transmissíveis. Assim, mudar o foco de tratar doenças não transmissíveis a preveni-las pode ser muito benéfico, inclusive para a economia. A estimativa é de elas vão custar mais de US$ 30 trilhões nos próximos 20 anos. |
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.
No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):
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A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano
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