OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Obesidade: Quem São os Responsáveis?


Por Beth Santos

Em palestra proferida recentemente no 8º Simpósio Latino-Americano de Ciências de Alimentos, na Unicamp, SP, a professora Mary Schmidt, do Departamento de Nutrição e Ciência dos Alimentos da Universidade de Minnesota, EUA, afirmou que não há apenas um responsável pela epidemia mundial de obesidade, mas diversos: indústria alimentícia, políticas públicas, escolas, restaurantes, comunidades, os pais e também os próprios indivíduos.

Segundo a especialista, um quinto da população mundial apresenta excesso de peso, de acordo com estimativas. Dentro desse contingente, cerca de 300 milhões seriam considerados obesos. “É uma doença que está em todas as faixas etárias, grupos étnicos e classes sociais, atingindo tanto homens quanto mulheres”, comentou.

Entre os principais vilões da epidemia que está sendo chamada de globesidade (tradução de globesity, em inglês), ela citou a indústria e os comerciantes de alimentos, que estariam oferecendo os produtos em porções cada vez maiores. Segundo a professora Mary Schmidt, pacotes de salgadinhos, refrigerantes, caixas de cereais, hambúrgueres etc vem aumentando de tamanho nos EUA desde a década de 70.

Porções Exageradas
O mesmo acontece com as porções dos alimentos, nos restaurantes e especialmente nas redes de fast-food. Enquanto a porção recomendada de batatas fritas por pessoa é de seis unidades/palito por dia, nos EUA elas chegam a 500 gramas. Mary Schmidt comentou que países emergentes, como o Brasil, não estão livres do problema já que são, por exemplo, “os mercados mais promissores para a indústria de refrigerantes”.

A especialista norte-americana em nutrição prossegue dizendo que os governos têm sua parcela de participação na epidemia mundial de obesidade. Ela afirma que as políticas públicas ainda têm muito a avançar e sugere que sobretaxar alimentos menos saudáveis e estimular o consumo de vegetais poderiam ser boas idéias.

Uma parte da responsabilidade sobre a epidemia de obesidade fica, claro, com os próprios consumidores, como comentou Mary Schmidt. Melhorar a qualidade e a quantidade dos alimentos que consome é fundamental, além de adotar hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas. Ela sugeriu que clubes, igrejas e outras associações também entrem nesta luta.

Pesquisas feitas pela especialista em nutrição sugerem, entre outras soluções, que fazer campanhas dirigidas às crianças é fundamental, por se tratar de público com alto poder de influência sobre os pais.

http://www.abeso.org.br/lenoticia/407/obesidade-quem-sao-os-responsaveis.shtml 

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