AFETO E COMIDA
A explicação encontra eco na precoce associação emoção-comida. Ao bebê, quando chora, é oferecido o seio ou a mamadeira. Pode chorar por fome, por frio, calor, sono, por estar molhado, entre outras causas. De qualquer maneira, a solução a ele oferecida para aplacar o sentimento desagradável é a comida. A comida se torna “o primeiro antidepressivo e ansiolítico”, a primeira estratégia para lidar com sensações desagradáveis, com as primeiras frustrações.
Mais tarde, quando as frustrações afetivas ocorrerem, algumas pessoas, diante da impossibilidade de “anestesiar” o mal estar interno, poderão reativar o antigo e primitivo esquema.
O alimento não é só nutrição. Possui enorme simbologia social e afetiva. Significa também amor, afeto, carinho. É poderoso redutor de ansiedade em curtíssimo prazo. Mas...Seus efeitos podem ser desastrosos para a saúde e a estética, se ingerido em excesso, o que habitualmente ocorre, quando visa suprir outra área que não a nutrição.
Ocorre ainda que rompimentos afetivos, separações, abandonos, perdas e luto são eventos entre os mais estressantes. São mudanças vitais em nossas vidas e para enfrentá-las todo o nosso corpo se altera. São fatores de stress poderosíssimos. Freqüentemente ocorre ansiedade e depressão.
Muitas pessoas, para alívio do stress e dos sentimentos negativos decorrentes, utilizam mecanismos inadequados, como comer demais, beber ou utilizar drogas, entre outros.
Entre outros efeitos nefastos, ocorre o aumento de peso. Está comprovado que o stress e a ansiedade podem provocar a deposição de gordura na região abdominal.
FAÇA AS PAZES COM VOCÊ
Preconceito social, discriminação, bombardeio de imagens excessivamente magras divulgadas pela mídia, fazem com que a pessoa que está fora de peso não se sinta “incluída”. Mas, o maior preconceito é aquele voltado contra si mesma. A depreciação e a negação que faz de si mesmo.
Quando pensar em emagrecer pergunte-se como você se avalia? O que pensa e sente a seu respeito? Como se comporta consigo próprio? É uma “boa amiga” de si mesma? Ou na maioria das vezes se critica como pessoa, mas não analisa seu comportamento? Coloca sua vida, sua essência num número da balança ou numa medida de fita métrica? Pergunte-se ainda, se quer ser magra ou emagrecer? Você se ama ou se detesta? Separa o amor de si mesma do problema de peso? Sente-se merecedora de seus objetivos?
O passo mais importante é justamente aquele que falta na maioria das candidatas a emagrecimento: UMA SÓLIDA E SINCERA AMIZADE POR SI MESMA! Aceitar-se incondicionalmente, mas não passivamente. Mudar aquilo que está a seu alcance e conviver com o que não quer ou não pode mudar. Amar-se porque existe e não se tiver manequim 38. Pense no que é bom para você, não para os outros.
Ame-se mesmo estando gorda e não se rejeite! Invista em mudança de comportamento, de estilo de vida e não em auto-agressões. Seja disciplinada, mas não algoz de si mesma! Analise e não critique. Planeje, mas se angustie inutilmente.Use o erro como oportunidade de aprender algo. Viva o presente! O passado já foi e o máximo que você pode é aprender com ele. O futuro ainda não veio. O TEMPO É HOJE!!
Por isso, se você está brigada com você mesma, FAÇA AS PAZES!
ENCARE O EMAGRECIMENTO
• Procure uma nutricionista que lhe prescreverá uma reorientação nutricional compatível com seu estilo de vida, com sua realidade, com suas necessidades e preferências. Fuja da “dieta louca” que promete emagrecer “para ontem”. O processo leva tempo! Você deverá reaprender a comer.
• Estabeleça metas REALISTAS! Coloque o foco no processo e os resultados virão como conseqüência. Sua meta é colocar em ação um conjunto de mudanças de estilo de vida que lhe proporcionarão mais saúde e o emagrecimento. Não coloque metas do tipo “vou perder 10 kg num mês”, ou “vou correr 15 km”, se você está sedentária. Metas inviáveis, mal colocadas, levarão à frustração.
• A motivação deve vir de dentro ! Emagreça POR VOCÊ! Você deve se sentir bem! Os seus objetivos são importantes. Não tente emagrecer para agradar seu namorado, para a festa de formatura da prima, porque a moda pede isso ou aquilo.
• Se você faz tratamento com profissionais especialistas, nutricionista, médico, psicólogo, educador físico, discuta com esse(s) profissional (is) suas dificuldades. Ao invés de trocar de especialista ou desistir, exponha francamente suas dificuldades. Trocando de profissional você perde mais uma chance de se conhecer e, no fundo, assume a derrota, embora a delegue a esse profissional! ASSUMA A RESPONSABILIDADE! O especialista precisará conhecê-la bem, sentir suas dificuldades para poder orientá-la. Se ele não estiver disposto a fazer isso, aí sim, reconsidere esse profissional. Mas seja sincera! Não venha com aquele papo “fiz tudo direitinho e...” se você não fez! Sonegando informação você está enganando a si mesma.
• Seja feliz para emagrecer. Não espere emagrecer para ser feliz.
PORQUE PSICOLOGIA NO EMAGRECIMENTO?
EMAGRECIMENTO : RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Um problema é uma situação de vida que requer uma solução, na qual a pessoa não possui, de forma imediata, uma resposta efetiva.
A solução de problemas consiste em trabalhar visando lidar com uma situação de ansiedade como sendo um problema a ser resolvido e não como algo incontrolável.
Paciente e terapeuta trabalham na identificação do problema e nos objetivos a serem atingidos. A partir disso inicia-se o processo de decisão, escolhendo-se entre as diversas alternativas possíveis a mais plausível de ser tratada e com maior probabilidade de sucesso.
Nesse processo de pensar sobre um problema até alcançar uma solução aprendemos a ter uma compreensão de como enfrentar problemas futuros.
Aprendendo a resolver problemas de maneira geral, poderá atuar com maior eficácia, inclusive no que se refere à comida.
A resolução de problemas pode ser resumida como se segue:
• Identificar e definir com clareza as dificuldades relativas ao peso
• Levantar possíveis soluções para lidar com o problema
• Avaliar as possíveis soluções e escolher uma
• Planejar e colocar em prática o comportamento escolhido
• Caso a solução na se revele adequada, reavaliar e escolher outra até que se consiga o resultado.
As Críticas
Nos afetam e podem disparar sentimentos de inadequação, de incapacidade, de intromissão, invasão, frustração e reagimos a elas, não raramente, com raiva, o sentimento mais difícil de ser controlado. Outra razão pela qual nos irritamos é que a crítica de terceiros, pode se sobrepor a críticas que fazemos a nosso respeito sem nos apercebermos. Em algumas oportunidades, não é o conteúdo, mas a forma pela qual é feita.
Podem ser abertas, veladas, indiretas, honestas, construtivas, destrutivas e outras.
Cabe não permitirmos que interfira em nossas metas pessoais, profissionais, afetivas e DE SAÚDE!
Por isso, vamos tentar compreendê-las e lidar com elas.
Uma crítica se refere à opinião pessoal de quem a faz e não é, necessariamente, embasada na realidade, em fatos e conhecimento de causa. Muitas não têm qualquer validade e são distorções da realidade.
Existem construtivas e aquelas que nada acrescentam.
Entre as principais razões que nos desagradam nas críticas é quando vêm em cima de uma crítica que temos a nosso respeito, saibamos ou não.
A crítica pode ser relacionada apenas a um estado emocional de quem a faz. Uma pessoa pessimista pode lançar seu pessimismo sobre outra, criticando ou duvidando de suas metas.
Pode derivar de sentimentos de inveja, outro poderoso sentimento do ser humano.
Pode decorrer de sentimentos de frustração.
Os sentimentos mais freqüentemente gerados pela crítica são de raiva, irritabilidade, sensação de invasão de privacidade, especialmente quando o outro “não foi chamado a opinar”.
Quando a crítica ocorrer:
O objetivo é não se influenciar negativamente.
Procure se comportar como observador não envolvido. A crítica é válida? É construtiva? É feita por alguém com conhecimento de causa? É útil? Você concorda com ela? Revela novo ângulo da questão? Gera alternativas de resolução.
Após avaliar, verifique se acrescenta algo. Se você pode fazer uso positivo dela. Se não, ESQUEÇA!
Como lidar com a raiva, se ocorrer?
Lembre-se, a raiva deve ser contida nas primeiras manifestações. Senão...E a raiva se alimenta da raiva!
Não humilhe nem ofenda a outra pessoa ao declinar seu descontentamento. Refira-se ao comportamento, à situação, ataque o problema, não a pessoa.
“Esfrie” a cabeça aos primeiros sinais de raiva, conforme foi dito anteriormente.
Aprenda a dizer de forma adequada o que não gosta em relação ao comportamento do outro.
Tolere as diferenças. Muitas situações de raiva surgem quando não toleramos formas de pensar ou agir diferentes das nossas. Desejos, opiniões, valores não são padronizados.Exercite a tolerância, a arte de conviver com diferenças. Lembre-se, a pessoa é apenas diferente e não “melhor ou pior que”..
Isto funciona em níveis moderados de raiva. Portanto, controle-a enquanto é tempo. Não se esqueça que o ÓDIO É A RAIVA EM CONSERVA...
EXPLOSÕES, Agressões, aumentam a descarga de adrenalina e não resolvem, além de levarem à culpa depois.
NÃO ABRA MÃO DE SUAS METAS POR CRITICAS IMPROCEDENTES!
http://www.tommaso.psc.br/site/artigos/?id_artigo=37
O ANIMAL QUE “SABE” COMER
E o homem? Com todo o conhecimento científico, com toda velocidade da informação e da comunicação, em plena era da tecnologia, e em oferta de orientação, deveríamos saber comer. DEVERÍAMOS, mas...não o fazemos! Ou...sabemos, mas não conseguimos!
Senão, vejamos: de um lado os índices de obesidade crescem mundialmente em todas as idades. Nos países industrializados os números são assustadores! E.U.A: 62% de pessoas acima do peso adequado! O excesso de comida (obesidade e suas conseqüências) mata duas vezes mais que a fome! Morrem anualmente 500.000 pessoas de fome, o dobro é vitimado pela gordura!
Do outro lado, crescem na mesma proporção, as doenças decorrentes da luta indiscriminada pelo emagrecimento. Atrás do “corpo ideal”, que preocupa 53% das meninas até 13 anos de idade e 76 % das jovens dos 18 anos em diante, crescem os índices de doenças tão graves e letais quanto a obesidade, como a anorexia (que mata em 20% dos casos) e a bulimia (que causa graves seqüelas físicas e emocionais). Sem contar a compulsão alimentar, que parece surgir na privação e na ansiedade dos “regimes” e que impedem o emagrecimento posteriormente.
Ou comemos demais ou de menos e...morremos nos dois casos...Comemos muito, engordamos, nos sentimos feios e ansiosos, procuramos qualquer solução “mágica” que nos emagreça, e...Caímos no risco do outro lado. O “homo sapiens” cria uma doença para “curar” outra!
Se 95% das pessoas que emagrecem voltam a engordar em um ano, se morremos por comer demais ou de menos, porque é tão difícil para o ser humano alimentar-se adequadamente?
A pergunta é complexa, mas o comportamento alimentar “normal” fica a mercê de estímulos outros que a fome e a saciedade, como no exemplo do nosso cãozinho. Alimentar-se não é mais uma reação a um estímulo interno desconfortável, porém saudável, que provocaria a ingestão do alimento afim de re promover o equilíbrio do organismo. Fatores outros como ansiedade, depressão, tristeza, ócio, impulsividade, rejeição, frustração, baixo controle de impulsos, auto-estima precária levam-nos direto ao prato de comida ou nos afastam dele.
Emagrecer não é um “hobbie” e nem “fazer mais uma dieta para perder algum tempo por algum tempo”. É algo muito mais complexo! É trazer o organismo e o PSIQUISMO a um estado de equilíbrio, que somente será possível se as emoções estiverem em ordem! Se a cabeça estiver apta a comandar o processo! ESTA É A TAREFA DA PSICOLOGIA NO EMAGRECIMENTO! Conseguir que tenhamos o equilíbrio para COMER quando TIVERMOS FOME e a NÃO COMER quando estivermos ANSIOSOS!
CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO...”REGIME”
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Quem tem problemas com seu peso necessita reorientação nutricional para o resto da vida. A tentativa de “abreviar o processo” via redução drástica traz conseqüências físicas e psíquicas consideráveis.
Se não há um perfil psicológico definido para a obesidade, a população de obesos apresenta maior incidência de transtornos psicológicos do que a de não obesos. Ansiedade, pânico, fobia social, transtornos de personalidade, vulnerabilidade ao stress, impulsividade, COMPULSÃO ALIMENTAR e outros, especialmente depressão.
Dietas excessivamente restritas pode ativar quadros ansiosos pré-existentes ou gera-los, bem como episódios depressivos. O stress muitas vezes é reduzido via comida. Se a dieta for muito restritiva, proibitiva, tipo “tudo ou nada”, estará aberto um círculo vicioso: “regime” aumenta o stress que acaba com o “regime”.
É difícil generalizar se a ansiedade é primária (“causa”) ou secundária (“efeito”) , mas se encontra presente em 80% dos casos de obesidade e sobrepeso. O estado depressivo, em pessoas geneticamente predispostas, provoca aumento de peso, a ansiedade aumenta a “fome psíquica”, onde o alimento é utilizado para diminuir a tensão.
“Regime” tem curta duração. O excesso de proibições induz a frustrações e a comportamentos de oposição e de compensação (comer demais). Está aberto o caminho para a compulsão alimentar, desencadeada por ansiedade e privação. Além disso, a privação e a frustração decorrentes aumentam a vulnerabilidade a outros tipos de frustrações e conseqüentemente aos agressores psicológicos externos internos.
A culpa decorrente de “não conseguir” induz a ingerir alimentos em grande quantidade e a já solapada auto-estima, componente essencial dos transtornos alimentares e da obesidade, vai a zero.
Quem faz regime não tem vida social! Está em regime! E lá se vão outras fontes importantes de gratificação. Mais frustração, mais ansiedade e...mais comida que deixa de ser UM prazer para se tornar O PRAZER!
O efeito “yo yo” cronifica o processo até que um dia a vítima se dá por vencida e aceita passivamente a derrota. “Sou assim mesmo”, “é minha constituição”, não sem um imenso sofrimento físico, psíquico e social.
O tratamento da obesidade e sobrepeso requer planejamento e estratégias adequadas. Os pilares são reeducação alimentar, acompanhamento médico, atividade física e acompanhamento psicológico. Não há magia, mas um reaprendizado de todo um estilo de vida. Para mudar peso é necessário antes “mudar a cabeça”. Pessoas psicologicamente equilibradas conseguem aderir ao plano médico-nutricional. O tratamento psicológico indicado em obesidade é a Psicoterapia comportamental e cognitiva, amplamente testada nos centros de pesquisa de todo o mundo e eficaz no tratamento de transtornos alimentares e ansiedade.
DIETAS LOUCAS
Uma das maiores tentações de quem precisa emagrecer é “abreviar” o processo. Aí entram em ação as “magias”...Remédios (falaremos disso em outro artigo) habitualmente indicados pela “Dra Amiga”, métodos estapafúrdios, como palmilhas, toalhas, injeção disso e daquilo e outros, e as famosas dietas “malucas”...Dieta da USP (que não tem nada a ver com a USP), dieta da sopa,da lua, do sol, do abacaxi, do que você quiser...Lembre-se que se você pensar na tenebrosa palavra “regime” e não em reorientação alimentar, deu o primeiro passo para fracassar. VOCÊ VAI PRECISAR DE ADERÊNCIA E NINGUÉM AGUENTA UMA DIETA LOUCA POR MUITO TEMPO!!
Uma dieta “louca” significa punição, privação, algo provisório, que se faz hoje para deixar de fazer amanhã. Algo que se faz ou não se faz (ou a pessoa “está de regime” e não come nada, ou “não está de regime” e aí come desesperadamente). Não resolve, ao contrário, inviabiliza programas de emagrecimento. Uma dieta “louca” a priva de nutrientes, da vida social, do equilíbrio emocional e não dura! Além de gerar problemas metabólicos.
Quais as conseqüências psicológicas de uma dieta louca?
Dieta louca preocupa-se apenas com a perda PROVISÓRIA de peso. Não serve para mudar estilo de vida. Suponhamos que você seja uma heroína e consiga perder peso. Após a perda provisória de peso (provavelmente de massa magra e água) começa haver preocupação excessiva com comida. Surgem problemas emocionais decorrentes da inanição, levando a prejuízos sociais, profissionais, afetivos, inclusive com diminuição do interesse sexual. Seu organismo começa a “economizar combustível”. Em seguida pode apresentar compulsão alimentar, alternando dieta rígida X comilança incontrolável e isso implica em sensação de fracasso, culpa, falta de controle, aumento da ansiedade, depressão e do sentido de incapacidade. E o tal emagrecimento, se houver, se dá via tecido magro...A auto-estima...
Sem trabalho nutricional e psicológico, sem atividade física (você não terá energia!) constata-se que, ao emagrecer, se o conseguir, nada mudou, só o peso (se é que mudou). Os problemas subjacentes que se refletem na alteração da relação com o alimento PERMANECEM INALTERADOS (provavelmente muito piores) e a pessoa também não chegou “à terra prometida da felicidade”.
A piora emocional impedirá a reorientação alimentar e daí...Caso tenha conseguido perder algum peso, não se iluda...A volta do peso anterior é certa e com juros e correção.
O resultado será o fracasso... Mais um fracasso...
Pense bem antes de mergulhar numa dieta louca...
http://www.tommaso.psc.br/site/artigos/?id_artigo=45
30 DICAS CONTRA A ANSIEDADE (ALIMENTAR)
2. Fazer “regime” é grande fonte de ansiedade. “Regime” está ligado à punição, privação, frustração. É “tudo ou nada” ou a gente faz e “não come” ou não faz e devora o que vem a frente. Troque o “regime” por uma orientação nutricional personalizada, equilibrada e SABOROSA! Quem faz regime quer resultados para ontem...
3. Não tente abreviar o processo bancando a “faquir”, pulando refeições ou jejuando para “ir mais rápido”. Além de não adiantar, sua ansiedade será aumentada e você irá direto para o prato. Não fique sem comer por mais de 3 ou 4 horas. Favorece os ataques de comer.
4. É normal sentir ansiedade diante de situações novas e não previstas . Planeje, dentro do seu estilo de vida, horários aproximados e constantes para suas refeições e o que irá comer. Você se acostumará a sentir fome nestes horários.
5. Fome não é catástrofe! Quando senti-la, calma! Observe que sentirá sensações diferentes da “vontade de comer” (um certo vazio no estômago, às vezes fraqueza, etc). Não vá como uma doida para qualquer alimento. Aceite-a tranqüilamente como uma sensação saudável do seu organismo que você irá satisfazer com a comida que foi planejada, ingerida lentamente, muito bem mastigada, concentrando-se “com todos os sentidos”, saboreando cada bocado, fazendo pausas entre as garfadas. De quando em quando preste a atenção na sensação de saciedade que está aparecendo. Pergunte-se “ainda estou com fome?” Se estiver, coma um pouco mais, senão pare! ACOSTUME-SE A COMER PORQUE TEM FOME E NÃO PORQUE HÁ COMIDA DISPONÍVEL.
6. Claro que existem alimentos que devem ser ingeridos dentro de limites, mas não os elimine. Cuidado com “alimentos proibidos!” Dão muita ansiedade, tentação, depois culpa e sensação de “estar tudo perdido!” Não “tranque a boca!” Abra-a com RESPONSABILIDADE!
7. Pior que “sair da dieta” é “achar que saiu da dieta”. A culpa, a sensação de fracasso, leva a uma baita ansiedade que poderá levá-la a comer muito mais. O problema de um bombom a mais é levar à caixa toda, como forma de autopunição.
8. Aceite seus “escorregões”.Encare esses episódios com serenidade. Caiu? Levanta! Errou? Corrige! Falhas ocorrerão e deverão ser encaradas como oportunidades para aprendizagem!
9. INCLUA O PRAZER NA SUA DIETA E EM TODO O SEU ESTILO DE VIDA. Mudar estilo de vida é mudar hábitos. Um novo comportamento só irá se constituir um hábito se for prazeroso.Prazer na comida sim senhora! Comida monótona, ruim, sem gosto leva ao desânimo! AGORA, PRAZER NÃO É QUANTIDADE MAS QUALIDADE! É DADO PELO TEMPO EM QUE MANTEMOS PEQUENA PORÇÃO DO ALIMENTO EM CONTATO COM A PAPILA GUSTATIVA!
10. Da mesma forma, faça exercícios físicos que lhe dêem prazer. O melhor exercício é aquele que, mesmo cansada hoje, você sente vontade de fazê-lo amanhã e não o que é só uma obrigação chata que você não vê a hora de se livrar.
11. Não fique o dia todo pensando em sua dieta e maldizendo-se porque é gorda. Aprimore os outros aspectos da sua vida. Divirta-se, leia, encontre seus amigos! FAÇA! AUMENTE SUAS FONTES DE PRAZER! NÃO EVITE SITUAÇÕES “PORQUE ESTÁ GORDA”.
12. Pergunte-se o que você espera do emagrecimento! Não espere resolver todos os seus problemas adquirindo uma silhueta mais fina! O desapontamento pode ser grande...
13. Verifique se não está havendo uma “ligação direta” da ansiedade decorrente de dificuldades de resolver problemas no dia a dia com a comida. O único “problema” que a comida resolve é o da fome e da nutrição. Os demais precisarão de outras alternativas.
14. Cuidado com os falsos padrões de beleza, inatingíveis para a maioria das pessoas! A busca de um falso objetivo torna-se muito angustiante! Não existe beleza sem saúde e você pode ser bonita sim, sem renunciar à sua individualidade. Desenvolva uma “identidade estética!” Seja você mesma!
15. Fuja do mito do “peso ideal”. Troque-o por “PESO VIÁVEL”. Aquele clinicamente saudável, que a deixe bonita e que seja fácil manter. RESPEITE SEU TIPO FÍSICO.
16. DESENVOLVA SUA AUTO-ESTIMA OU ESTARÁ SEMPRE ANSIOSA E INSATISFEITA! Lembre-se que, tão importante como SER ou ESTAR bonita É SENTIR-SE BONITA! Beleza é uma questão de imagem e AUTO – IMAGEM!
17. Não tenha pressa para emagrecer. Você ficará ansiosa, frustrada, sempre com a sensação de que “não está dando certo” e daí para a comida é um pulo...
18. Cuidado com a “balançomania”. Pesar-se toda hora, todo dia traz enorme grau de frustração. A flutuação de peso é esperada e mal interpretada é realmente angustiante.
19. O stress é companheiro da ansiedade. Desenvolva mecanismos anti-stress. Pratique atividades prazerosas, alguma forma de relaxamento, alguma atividade esportiva recreativa e não competitiva, administre seu tempo. Faça aquilo que você pode realmente fazer em determinada situação. Não se preocupe com o que não pode ser feito! Não adiante nada e você ficará menos ansiosa. INCLUA-SE EM SUA AGENDA!
20. A compulsão alimentar é disparada pela ansiedade. Identifique os primeiros sinais de risco (pensamentos, situações, emoções etc) e faça algo que seja prazeroso e incompatível com ato de comer. Tenha consigo uma lista destas atividades e as acione ao primeiro sinal de ansiedade. Visitar ou telefonar para uma amiga, fazer uma atividade física, digitar um trabalho no computador, escrever, pintar ou fazer um trabalho de argila etc.
21. Adie o mais possível a satisfação do impulso de comer. Se ao sentir os primeiros sinais de ansiedade você der uma caminhada verificará que sua “vontade” de comer diminuiu! O tempo é seu grande aliado!
22. Não tenha alimentos de risco em casa. Se você sentir-se ansiosa para devorar chocolate e tiver que sair para comprá-lo ganhará tempo. Compre só uma unidade. Volte para casa, anote no seu diário alimentar que irá comê-lo. Espere cinco minutos e coma-o lentamente. O chocolate não foi proibido e o impulso foi bastante enfraquecido. Se estiver ansiosa por um bolo, prepare-o. Não o tenha em casa.
23. ALGUMAS FORMAS DE ANSIEDADE ALIMENTAR DECORREM DE PROBLEMAS PSICOLÓGICOS NÃO RESOLVIDOS: afetivos, conjugais, de relacionamento, sexuais, timidez excessiva, depressão, etc. NÃO EXITE EM PROCURAR AJUDA DE UM PROFISSIONAL. Muitas vezes estes fatores mantém uma obesidade e, tratados, levam a pessoa ao emagrecimento.
24. Determinados momentos da vida, mal avaliados, geram grande ansiedade. A mãe que criou seus filhos pode sentir-se “sem função”. Suas fontes de prazer escasseiam e a comida poderá ser priorizada. Se você criou e encaminhou seus filhos, parabéns! Mas a vida não acabou! Faça um curso, reuna suas amigas, vá a uma academia! Cultive outras formas de prazer!
25. VIVA O DIA DE HOJE! Ontem já se foi e o amanhã ainda não veio! O tempo é HOJE!
26. Valorize o que você já fez. Não fique lamentando o que não fez ou o que deveria ter feito!
27. Estabeleça metas viáveis. Por exemplo, começar a caminhar dez minutos todos os dias esta semana. Certamente poderá cumpri-las. Propostas do tipo “vou correr 10 km por dia”, se você é sedentária, são descabidas e causam frustração. Gratifique-se a cada meta conquistada!
28. Você deve emagrecer, por sua saúde, sua beleza, sua vontade. Não para agradar quem quer que seja. Desenvolva uma motivação interna.
29. VIVA ENQUANTO EMAGRECE. NÂO ESPERE EMAGRECER PARA VIVER.
30. COMA QUANDO TIVER FOME! NÃO COMA QUANDO ESTIVER ANSIOSA!
http://www.tommaso.psc.br/site/artigos/?id_artigo=56
“SER EMAGRECIDO II”
Por alguma razão a pessoa engordou. Pouco ou muito. Sobrepeso obesidade ou apenas acima dos padrões que imagina para si, claro, vinculados à nossa cultura.Começa a busca pelo emagrecimento. Soluções mágicas, dietas da moda, “remédios” que resolvam o problema, “regimes”. Tudo, menos bom senso, equilíbrio e a compreensão que emagrecer exige comprometimento, paciência, mudança de estilo de vida.
Há sempre a esperança de que alguém o emagreça e logo! O “regime” é tão duro de seguir que precisa terminar logo! O máximo que consegue é perder algum peso cor algum tempo, se conseguir. Ai o peso volta e com ele a frustração e o reforço da baixa auto-estima, já tão comprometida.
A proposta honesta e viável de emagrecimento é emagrecer e PERMANECER MAGRO! Envolve comprometimento, participação ativa da pessoa, bom senso, perseverança. Muitas vezes é preciso mudar a cabaça para mudar peso.
A essência do tratamento é a modificação de hábitos alimentares. Diferentemente “regime”, a reorientação nutricional implica em novo aprendizado para ser executado para o resto da vida. Nem sempre a coisa é tão simples. Muitas vezes a comida mascara outros problemas de ordem psicológica que não são tratáveis nutricionalmente nem por medicação. É onde entra a psicologia, seguramente a área menos compreendida e mais negligenciada no tratamento.
Quem precisa de psicologia no processo de emagrecimento? Quem sabe o que fazer, mas não consegue fazer aquilo que sabe que deveria. Esse “não consegue” pode ser consciente ou não. Pode aparecer sob a forma de compulsão alimentar, ansiedade, tristeza, uma suposta fraqueza, nervosismo, irritabilidade. Outras vezes pode surgir como autêntica auto-sabotagem ao processo. Sempre que isto ocorre devemos pesquisar psicologicamente o que está por traz da obesidade. Quais os benefícios inconscientes que a pessoa possa ter engordando ou permanecendo gorda.
Emagrecer envolve o regate da auto-estima, do amor próprio, do sentimento de merecimento da felicidade. O resgate de prejuízos inúmeros que a própria doença, sim obesidade é doença crônica, possa ter trazido à pessoa. Prejuízos físicos, sociais, emocionais, afetivos. O desenvolvimento de estratégias que permitirão permanecer magro após a perda de peso. Lembre-se, quem consegue perder peso não é magro, ESTÁ MAGRO SE E ENQUANTO MANTIVER UM ESTILO MAGRO DE VIDA.
ESSE É O PAPEL DA PSICOLOGIA.
http://www.tommaso.psc.br/site/artigos/?id_artigo=158
PSICOTERAPIA DO EMAGRECIMENTO: COMPROMETIMENTO
Atribui-se a Isac Marks, psiquiatra inglês, famosa frase referindo-se ao papel do cliente na psicoterapia: “ou trabalha, trabalha, trabalha, ou sofre, sofre, sofre”. Com isso querendo dizer que o processo psicoterápico implica em participação ativa.Em se tratando de emagrecimento esse aspecto é ainda mais relevante. Há muitas vezes uma expectativa mágica, por parte do cliente, que a terapia em si o emagrecerá.
A psicoterapia é um processo ativo. Terapeuta e cliente trabalham em parceria, tendo um objetivo comum: o bem estar do cliente. Nem sempre é fácil submeter-se a esse trabalho. Dificuldades deverão ser enfrentadas, resistências, obstáculos. É primordial perseverança, tolerância à frustração.
O cliente típico de emagrecimento passou por diversas experiências frustrantes. Muitas dietas, longo histórico de tentativas de emagrecimento, ansiedade, pressão social, baixa auto-estima, sentimentos de inferioridade e, em muitos casos, compulsão alimentar. Poderá ter tido toda uma vida de situações que evitou devido a seu peso. Além da rejeição social, poderá ter enfrentando a pior delas: a rejeição por si mesmo.
Ao procurar ajuda psicológica, poderá fazê-lo com expectativas mágicas. O terapeuta o fará emagrecer. Conseqüentemente, sua atitude poderá ser passiva e isso levá-lo a se decepcionar.
Então, ao submeter-se à psicoterapia, pense nisso: sua atitude determinará o sucesso de seu tratamento. Isso exige empenho, disponibilidade para enfrentar as condições adversas que o acompanham e modificar comportamentos que o levarão a adotar estilo de vida magro. Psicoterapia não é um processo de resultados imediatos, “para ontem”. Muitas vezes implica em reestruturar toda a personalidade. No caso do emagrecimento objetivo é emagrecer e permanecer magra para o resto da vida. Não é fazer mais uma dieta por algum tempo. Implica em identificar as razões, fora a fome, que levam a pessoa a se exceder na comida. São comportamentos “automáticos”? Forma indireta de gratificação? A comida atua diminuindo a ansiedade e a depressão? Existem outros problemas emocionais associados? Causa ou efeito? No fundo, a pessoa quer mesmo emagrecer? Será que tem algum benefício inconsciente permanecendo gorda? A comida é um prazer que está no lugar de outros? A auto-imagem, como está? Quase sempre para mudar e manter o novo peso precisamos mudar a nossa imagem corporal, tanto mais debilitada quanto mais antigo for o histórico de obesidade/sobrepeso. Há a necessidade de promover a ressocialização do ex gordo. E a manutenção? O novo magro não é magro! ESTÁ MAGRO se e enquanto se mantiver psicológica e nutricional mente magro!
Marks tem razão! Ou trabalha, trabalha, trabalha, ou sofre, sofre, sofre! Mas, vale a pena!
http://www.tommaso.psc.br/site/artigos/?id_artigo=167
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