OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dieta dos hominídeos era mais variada do que se pensava

Dieta dos hominídeos era mais variada do que se pensava

Novos estudos valorizam papel do habitat na escolha da alimentação humana

A dieta dos hominídeos era mais variada do que se pensava, indica um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science.

Os professores Peter Ungar, da Universidade do Arkansas, e Matt Sponheimer, da Universidade do Colorado, revisaram os dados dos últimos estudos e cruzaram distintas técnicas para desenvolver uma visão sintética das dietas dos hominídeos adiantados.

Tradicionalmente, as pesquisas sobre os hábitos alimentícios das espécies de hominídeos extintas se concentraram no tamanho dos dentes, na forma e morfologia, assim como em ferramentas de pedra e ossos de animais sacrificados. Neste novo estudo, no entanto, os dentes foram observados sob uma técnica de microanálise do desgaste dental, além de ter sido usada outra com isótopos para analisar os restos de esmalte.

Os cientistas indicam que o desgaste detectado na microanálise dos dentes de um animal reflete a dureza e a resistência do alimento que estava sendo ingerido nos dias ou semanas antes de sua morte. A medição de isótopos estáveis (especialmente carbono) no esmalte dental proporciona pistas sobre a proporção de ervas, frutas e nozes que foram ingeridas.

Após combinar estas duas técnicas, os pesquisadores acreditam que a dieta humana pode ter sido mais diversa do que se pensava, e reabre a dúvida sobre as noções atuais a respeito da dieta das espécies extintas. "Chegamos a um ponto de inflexão na pesquisa sobre a dieta dos hominídeos, um ponto em que não há mais volta. Claramente, nossas antigas respostas não servem mais", assinalou Sponheimer, que assegurou que há razões para otimismo quanto ao avanço desses estudos.

As pesquisas foram realizadas principalmente em fósseis de Etiópia, Quênia, Tanzânia e África do Sul, e os resultados indicam que espécies muito similares podem ter tido dietas muito diferentes. Segundo Ungar, a maioria dos estudos se fixou no tamanho, forma e estrutura dos crânios e dentes e os utilizaram para reconstruir a dieta. Mas isto não diz o que estas pessoas comiam, mas o que poderiam ter comido.

No entanto, a microanálise revela os arranhões e os golpes nos dentes devido à alimentação, enquanto os isótopos mostram a composição química dos alimentos consumidos, fornecendo rastros da conduta real destes hominídeos. "Se nos fixarmos nos dentes e na forma do crânio, parece que deveria haver um aumento progressivo no consumo de alimentos duros (por exemplo, nozes, sementes, raízes, tubérculos) em uma savana aberta", indicou Ungar.

Mas, segundo seu estudo, parece que algumas espécies comiam ervas duras ou juncos em vez de arbustos, enquanto outras espécies consumiam alimentos mais macios, trocando-os pelos duros apenas em sua falta. "Isto significa que a história da evolução da dieta do ser humano é muito mais complicada do que costumávamos pensar", assinalou Ungar. "Já não podemos pensar em termos de tendências no tempo e em padrões comuns. É possível que o habitat seja muito mais importante na determinação da dieta que a anatomia da espécie em si."      (com Agência EFE)

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