Nutricionistas revelam a dieta ideal para o Enem
Nos dias de prova, a orientação é comer em casa e ingerir alimentos leves
Nathalia Goulart
"Esta não é uma época propícia para experimentações", alerta Isabel Correia, especialista em nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
"Por isso, o estudante deve dar preferência a alimentos que habitualmente fazem parte de sua dieta e evitar outros, que não fazem." Há, contudo, uma regra geral: não é recomendada a ingestão de alimentos gordurosos e pesados, como feijoada, carnes gordas e frituras.
Eles exigem mais do organismo para a digestão e provocam sensação de sonolência, prejudicial para a realização da prova. "Por outro lado, é importante ressaltar que, em hipótese nenhuma, o participante deve comparecer ao exame em jejum", diz Isabel. O importante, portanto, é o equilíbrio.
Antes da prova - A nutricionista Roberta Stella sugere que a preparação do candidato comece um dia antes da prova. "Na sexta-feira, o estudante deve ficar atento ao que come, pois isso terá reflexos nos dias de prova”, diz a especialista. O ideal é começar com um café da manhã rico em frutas, fibras e carboidratos. “Eles dão energia e são de fácil digestão. Certamente, não vão comprometer o desempenho do participante.” Por volta das 11h, é hora de um lanche. A receita é simples: pão integral, peito de peru e queijo. “Quem quiser, pode trocar o lanche por um prato de salada.”
Isabel Correia, da UFMG, sugere àqueles que optarem por um almoço, um prato com salada, arroz, feijão e carne magra – sempre em quantidades reduzidas, para não pesar no estômago. “Tudo precisa ser bem dosado. Equilíbrio é fundamental ou a receita desanda.” A especialista indica que o candidato coma duas horas antes do início da prova para evitar que a famosa sensação de moleza depois do almoço o atinja durante a resolução das questões.
Durante a prova – O Enem é uma prova extensa e o tempo é curto. Em média, o aluno tem três minutos para responder cada questão. A concentração é necessária e a distração custa caro. Portanto, é recomendada a ingestão de alimentos rápidos e práticos durante a tarde de exame. Barrinhas de cereais são uma boa opção: pequenas, leves e energéticas. Chocolates são gordurosos e, dependendo da temperatura ambiente, podem derreter. Frutas também são indicadas. “O estudante deve dar prioridade a alimentos não perecíveis e que não façam muita sujeira”, diz Isabel.
Roberta Stella lembra de outro item essencial: água. “É preciso se hidratar adequadamente, principalmente nos dias de muito calor. A falta de líquido pode provocar sonolência.” Para a nutricionista, refrigerantes estão fora de questão. “O gás pode provocar sensação de estufamento. Sucos podem ser bons substitutos.”
Depois da prova – Depois de uma maratona de textos, gráficos e números, é hora de repor as energias. No sábado, primeiro dia de Enem, não convém exageros. Afinal, no domingo, ainda há mais trabalho a ser feito. A recomendação é a mesma: comida leve, sem exageros. “Nada de fast food”, diz Roberta, referindo-se a lanche gordurosos, cheios de condimento. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas. “Elas são diuréticas, provocam mal-estar e ressaca.”
Mais uma vez, não é aconselhado ao candidato comer fora de casa ou ingerir alimentos cuja procedência é desconhecida. Ele deve jantar ao menos duas horas antes de se deitar, ou a digestão poderá atrapalhar o sono. “Afinal, tudo o que o estudante não precisa nesse momento é de uma noite mal dormida”, lembra Isabel. Na manhã seguinte, é hora de repetir o ritual do café da manhã e do almoço.
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