OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Como fazer em casa seu broto/germinado

Como fazer em casa seu broto/germinado

Depois de um longo período ibernando (364 dias exatamente), cá estou eu de volta com um novo artigo.

Bom, o nome do blog já diz: "Mungo Verde", que lembra... broto de feijão. Então, vamos lá explicar, de uma maneira bem simples e, principalmente, prática, após uma breve introdução, uma das técnicas de cultivar brotos em casa.

1 - Introdução

As sementes são verdadeiros acumuladores biológicos de energia, sob a forma de energia nutritiva e alimentar.

SEMENTES + ÁGUA: basta isso para que você aproveite o máximo de energia vital acumulada que será liverada nos brotos, essa energia é usada para estimular todos os processos biológicos de reprodução celular da planta. Assim, se nos alimentarmos desses brotos germinados, estaremos utilizado dessas reservas de energia nutritiva, que nunca irão reaparecer em concentração semelhante na vida posterior de uma planta.

2 - Vantagens do cultivo e consumo de brotos:

Enumero aqui algumas das vantagens de se cultivar e consumir brotos.

Primeira: aumento da quantidade de vitaminas e sais minerais, com a consequencia baixa do teor de amidos e óleos, "digeridos" durante o silencioso milagre da germinação;

Segunda: o sabor, Ah... o sabor... seja ele picante (dos brotos de mostarda, agrião e rabanete) ou o adocicado dos demais é, literalmente, um prato cheio;

Terceira: organismos mais delicados aceitarem maravilhosamente os pratos à base de brotos, ainda que as sementes que lhe deram origem sejam indigestas;

Quarta: ausência total de fermentação intestinal quando consumidos, por exemplo, brotos de feijão;

Quinta: ausência de terra, fertilizantes ou inseticidas para esta forma insólita de cultuvo;

Sexta: a facilidade de aproveitamento de todos os espaços domésticos para o cultivo;

Setima: o curto espaço de tempo que vai da "semeadura" ate a "colheita": não mais de uma semana.

3 - Material necessário:

a. Vidros de boca larga;

b. Tela fina de náilon, filó ou gaze de algodão esterilizada (para vedar a boca dos vidros), ou a própria tampa do vidro furada com metal fino e quente (por exemplo, prego, agulha, etc.) ou com uma furadeira elétrica;

c. Tira de borracha, elástico ou similar (para prender a tela/filó/gaze ao gargalo do vidro);

d. Travessas ou bacias grandes (para lavagem e seleção das sementes);

e. Peneiras ou coadores de diferentes tamanhos (para auxiliar na lavagem das sementes);

f. Escorredor/apoio para colocar os vidros (por exemplo, escorredor de pratos ou algo similar);

g. Panos grossos e limpos (para cobrir os vidros, impedindo assim, em parte, que penetre luz);

Todo o material utilizado para o cultivo de grãos deve permanecer impecavelmente limpo. O melhor é fervê-lo ou enxaguá-lo com água fervente após cada cultivo, para eviti a proliferação de bactérias.

Gazes de algodão não são ideais para o fechamento dos vidros, porque absorvem muita água e podem desenvolver mofo. Porém, desde que trocadas freqüentemente, também podem ser usadas.

4 - Escolha das sementes:

Toda a atenção é necessária na aquisição de sementes de boa qualidade biológica. As sementes para brotos deve ser, impreterivelmente, as de origem orgânica, sem defensivos ou agrotóxicos, completamente livres de tratamento químico, sobre o risco de intoxição de quem vai consumir os brotos.

Outro ponto importante e a qualidade das sementes. Evite usar sementes quebradas, murchas, doentes ou podres, carunchadas e com aspecto deformado pois, são suficientes apenas algumas sementes sem poder germinativo, dentro do vidro de cultivo, para influenciar negativamente as outras. Elas não se abrem, o seu amido começa a apodrecer e a fermentar, e o sabor dos brotos se estraga. Nesse ambiente, as bactérias e fungos podem proliferar.

Particularmente adquiro minhas sementes do Depósito Itapuã. Você pode pedir uma lista das sementes disponíveis pelo e-mail itapua@alfafa.com.br

5 - Água

A água é de vital importância para os brotos; por isso devemos usar a melhor possível para o seu cultivo, de preferência água mineral. Principalmente na fase inicial de absorção (período em que as sementes permanecem de molho), uma água bem pura é essencial. Para as lavagens (enxaguaduras) subseqüentes, pode-se então utilizar outra. Nos casos de dúvida sobre a sua qualidade, podemos usá-la fervida ou filtrada.

Costumo usar água usada para deixar de molho as sementes para regar minhas plantas pois esta contem muitas substâncias nutritivas. Só não deve ser usada por humanos pois contem muito fitato e oxalato (substancias anutricionais para nossa espécie).

6 - Temperatura

A temperatura ideal para germinação dos brotos é de + ou - 25ºC. Uma variação grande para menos ou para mais respectivamente atrasa ou acelera o seu desenvolvimento. Por isso é ideal deixar os vidros de cultivo em local freco como: em baixo da pia, em armários, caixa de isopor com ventilação ou mesmo contruindo um germinário (darei mais detalhes sobre como fazer um em outro artigo).

Em dias quentes os brotos precisam, sem falta, ser enxaguados e molhados mais freqüentemente.

7 - Luminosidade

Na natureza, as sementes germinam na semi-obscuridade da terra. Para criarmos condições semelhantes, os vidros de cultivo devem ser cobertos com um pano bem grosso ou colocados em ambientes onde não recebam muita luz como armários e caixas ventiladas, onde os brotos tenhma uma luz fraca e indireta.

8 - Circulação de ar

É imprescindível que a circulação de ar dentro do vidro de cultivo permaneça constante. Ao se cobrir o vidro, deve-se estar atento para não obstruir a sua boca, a fim de que o ar possa circular livremente em seu interior. Do mesmo modo, ao se colocar o vidro em uma caixa de isopor ou em um germinário, estes devem ser bem arejados.

Se os brotos se expandem muito dentro do vidro, é aconselhável lavá-los numa peneira ou coador, para que possam absorver melhor o ar de que necessitam. O mais indicado é usar uma quantidade de sementes compatível com o tamanho do vidro.

9 - Algumas regras para o sucesso do cultivo:

a. Os brotos devem ser mantidos úmidos e nunca encharcados;

b. Procurar manter uma temperatura média do ambiente em torno de 25°C;

c. Molhar regularmente os brotos, isto é, de preferência sempre nos mesmos horários e no mínimo duas vezes ao dia, em dias frios e três ou mais vezes em dias quentes;

d. Proporcionar espaço suficiente dentro dos vidros, para que os brotos possam se expandir livremente e ter o ar necessário;

e. 0 local para o cultivo deve ser tranqüilo, harmonioso, arejado e não muito iluminado.

10 - Algumas causas para o insucesso do cultivo:

a. Sementes de má qualidade biológica, velhas demais, machucadas, podres, quebradas ou armazenadas inadequadamente;

b. Sementes mantidas secas demais dentro do vidro.

c. Sementes mantidas úmidas demais ou tratadas quimicamente, o que leva ao apodrecimento fácil;

d. Temperatura ambiental baixa demais, impedindo a germinação;

e. Temperatura ambiental elevada demais.;

f. Excesso de luz sobre as sementes, causando fermentação;

g. Má qualidade da água;

h. Desenvolvimento de bactérias no interior do vidro ou na tela que o fecha;

i. Uso de sementes que tenham recebido radiação;

j. Recipientes metálicos geram óxidos que compromentem a germinação.

11 - Começando o platio

a. Pela noite, lave, em uma vasilha, 1 xícara de sementes da sua preferencia retirando as sementes que estão estragadas que sobrenadam, juntamente com outras pequenas "sujeiras" (pedaços de sementes, pedaços de folhas, de cascas, etc);

b. Coloque as sementes lavadas em um vidro de boca larga e complete com 5 xícaras de água
(mineral, de preferência);

c. Deixe as sementes de molho nessa água umas 12 horas, da noite para o dia seguinte;

d. Após 12 horas fazer nova limpeza, retirando os eventuais grãos que não estejam sadios, que sobrenadam ou que não incharam, e escorrer a água do molho (que poderá ser aproveitada para regas de plantas);

e. Fechar a boca do vidro com um pedaço de tela/filó/gaze, prenden-do-a no gargalo com uma tira de borracha, elástico ou algo similar ou com a própria tampa do vidro, furada;

f. Colocar o vidro em posição inclinada, de modo a escorrer o excesso de água (por exemplo, sobre um escorredor de talheres). Coloque o vidro dentro de um germinário ou cobri-lo com um pano grosso, deixando porém a boca do vidro livre para que o ar circule;

g. À tarde e à noite no inverno (ou pela manhã, à tarde e à noite no verão), enxaguar as sementes, colocando água no interior do vidro e agitando-o bem e em seguida fazê-la escorrer novamente, recolocando o frasco de volta ao local anterior;

h. Quando o broto atingirem pelo menos o tamanho das sementes, ele já poderão ser utilizado, não devendo ultrapassar muito este ponto.

12 - Retirando a casca para consumo:

Comer algumas casquas da sementes germinadas não faz mau para ninguem, mas todas as cascas de uma produção pode gerar problemas. Recomenda-se retirar as cascas dos germinados, antes de usa-los, pois estas são ricas em celulose e outras substancias anutricionais e não são digeridas com facilidade pelo organismo humano.

Retirar uma por uma dos germinados é praticamente impossível então: temos três opções para remover a casca das sementes antes de consumir.

A primeira é: após o molho de + ou - 12 horas, coloque as sementes em uma bacia e vá passando-as entre os dedos. As cascas vão se soltando totalmente.

A segunda é uma variação da primeira: logo que apareça o ponto germinativo na semente (o narizinho), retire as sementes do vidro de cultivo e, sobre uma vasilha, esfregue-os delicadamente entre as mãos para que a casca se solte da semente. Alguns pontos germinativos irão se quebrar mas, se essa operação for feita sim que os mesmo apareçam, eles iram crescer normalmente.

A terceira maneira, a que eu uso é: coloque os brotos dentro de uma vasilha funda com água até a boca; faço um rodamoinho com os dedos/colher; espero a água parar; as cascas ficam quase todas no centro boiando ou no fundo; aí "pesca-se" as cascas que boiam, retira-se os brotos e, logo em seguida, as cascas dos fundo. Repita esse processo de 2 a 3 vezes.

13 - Algumas dicas:

a. As sementes crescem muito quanto se transformam em brotos. Com exemplos: 1 xícara de sementes de girassol rende 3 xícaras de brotos. 1 xícara de feijão rende 8 xícaras de brotos;

b. A quantidade e a freqüência com que os brotos devem ser consumidos variam de indivíduo para indivíduo. Com a prática do dia-a-dia você vai aprendendo a dosar suas necessidades sementes;

c. Os germinados produzidos deveriam ser consumidos o mais breve possível. Se precisar guardar uma quantidade na geladeira, coloque em uma vasilha e mantenha-os na gaveta de baixo cobertos com um pano úmido para que durem mais;

d. Depois de germinados, alguns brotos podem ser expostos por poucas horas à luz natural indireta, para que formem clorofila;

e. Antes de comê-los ou cozinhá-los, lave-os com água em abundância para retirar os resíduos metabólicos. Eles podem causar gases. Caso você tenha usado a 3ª técnica para retirar as cascas das sementes, você não vai precisar lava-os novamente;

f. Os sabores dos brotos não são primores para satisfazer nenhum gourmet, mas eles são tão saudáveis que uma dieta à base de brotos pode melhorar e muito a sua saúde. Se você ainda não está acostumado(a) aos sabores dos brotos, enriqueça a comida do dia a dia ou a salada. Alguns têm gostos mais picantes, outros mais amenos.

g. Lembre-se que todo alimento cozido perde as enzimas que ajudam na digestão, assim como boa parte da energia vital. Prefira comer os brotos crus ou misturados com cozidos;

14 - Uma breve classificação dos brotos:

Aqui estão ordenadas as sementes de acordo com seus hábitos de germinação. Vamos lá:

a. Sementes pequenas: alfafa, mostarda, gergelim, painço, amaranto, couve-rábano, etc.
Todas elas crescem rápido, possuem aroma limpo e marcante através do qual estimulam o organismo. Com exceção da alfafa, que tem sabor mais suave, todos os outros brotos
são de preferência complementos para sopas, saladas e "mexidos".

b. Cereais: trigo, arroz, centeio, cevada, milho, aveia.
Geralmente em 2 dias já soltam o germe e a raiz, e esses brotos deveriam ser usados apenas bem jovens, tenros e enquanto o germe e as raízes não são muito mais longos que o próprio grão. Possuem um sabor suave e doce e complementam qualquer prato, principalmente saladas.

c. Leguminosas de casca mole: lentilha, feijâo-mung (moyashi), feijão-azuki.
Fáceis de cultivar, até mesmo em grande quantidade. Também complementam pratos ou saladas.

d. Leguminosas de casca dura: grão-de-bico, ervilha, soja amarela.
São geralmente brotos muito nutritivos.

e. Sementes produtoras de muco: agrião, linhaça, rúcula.
Durante o período de molho, elas formam uma substância mucosa e pegajosa. Crescem melhor sobre uma superfície úmida (pano de algodão, papel-de-filtro, etc). Têm sabor forte e picante.

f. Sementes de casca indigesta: girassol, trigo-mourisco ou trigo sarraceno, abóbora, amêndoa. Após a germinação, as cascas devem ser retiradas.

15 - Finalizando:

Esse não é nenhum tratado de germinação de sementes para consumo humano, nem pretende ser a exposição da técnica "correta" pois existem outras tantas técnicas de cultivo de brotos, simples e práticas também como: cultivo em vasos, peneiras, coadores, saquinhos de filó, tubos de plástico, tabuleiros, potes e ate em pratos, que dão tão certo quanto essa.

Cabe a quem for utilizar fazer suas adpatações e correções na técnica.

Caso queira me enviar suas correções e seus resultados, ficarei muito satisfeito em poder comentar e ajudar.

16 - Fontes:
- Os Brotos - Nakayama, Akira - Editora Gaia - 1984
- Plantas que ajudam o homem, Guia párico para a época atual - Dr. José Caribé e Dr José Maria Campos (Clemente) - Editora Cultrix/Pensamento - 8ª edição - 1991
- Experiência própria

Brotos, a horta dentro de casa 
De fácil cultivo, podem ser produzidos em qualquer época. Ricos em nutrientes, são garantia de saúde à mesa.  
Eles podem ser utilizados em saladas, sopas, drinques naturistas, ou com frutas e até sozinhos, com temperos leves. São saboreados há muitos anos em países desenvolvidos. A planta é considerada um milagre: não precisa de chuva, sol e nem mesmo terra. A colheita pode ser feita no período de três a cinco dias. Rica em enzimas, vitaminas e sais minerais, tem o poder de reconstruir o sangue mais rapidamente do que o fazem o pão e o leite, sendo, por esta razão, recomendada por médicos a seus pacientes anêmicos. Pode ser cultivada em casa e consumida crua.
O nome desse produto? Broto. De feijão, de trigo, de alfafa, de soja, de grão-de-bico, ervilha, lentilha... de todo cereal comestível. Nessa relação, no entanto, os nutricionistas dão primazia à alfafa, por ser extremamente nutritiva e apresentar, ainda, 70% de clorofila, teor considerado bastante alto.
Veja agora como fazer seus brotos, e boa sorte... com ajuda dos brotos!

Material

1.Vidro grande de boca larga;
2. Um pedaço de gaze ou pano fino;
3. Um pedaço de elástico.

Como proceder

1. Pegue um punhado de sementes, coloque no vidro que não precisará ficar tampado e encha de água. O tempo ideal de permanência é de aproximadamente seis horas.
2. Decorridas seis horas, coloque gaze ou pano fino na boca do vidro e prenda com elástico. Em seguida, despeje toda a água. Este líquido, segundo especialistas, contém grande quantidade de nutrientes hidrossolúveis e enzimas que auxiliam a digestão. Por esse motivo, em vez de ser jogado fora, pode ser ingerido ou aproveitado em preparações culinárias.
3. Mantenha o vidro de cabeça para baixo num ângulo de 45 graus.
4. Todas as manhãs; durante o período de germinação, enxágüe os grãos com água filtrada para que fiquem sempre úmidos.
5. Conserve em lugar escuro e ventilado.
6. Assim que se transformem em brotos, guarde na geladeira para consumo.

Brotos para todos

Os nutricionistas advertem que os grãos não germinados até o segundo ou terceiro dia devem ser jogados fora, do contrário há o risco de contaminarem outros grãos com fungos e prejudicarem a microorta.
Os brotos são indispensáveis ao cardápio de obesos ou pessoas com insuficiências digestivas ou nutricionais. Saladas, sucos, sanduíches. Ensopados, picadinhos, bebidas e coquetéis naturistas podem e devem ser enriquecidos com brotos. Na verdade, eles podem acompanhar qualquer tipo de alimentação sem alterar-lhe o sabor.
Vai aqui uma receita deliciosa para o desjejum:
Coloque no liqüidificador uma banana, um pedaço de mamão, duas xícaras de leite, meia xícara de alfafa germinada e uma pitada de canela. Bata o mais rápido possível para não espumar: Experimente...
Não misture limão com alfafa: são incompatíveis.
Caso você não tenha tempo ou paciência para cultivar brotos, compre-os nos bons supermercados. Normalmente encontram-se à venda brotos de alfafa, de trigo e de feijão. A vantagem de cultivá-los em casa é que você tem todo o controle da “produção”.  


Publicado por: Vida Integral 

Comida viva- Brotos, grãos, sementes, raízes. Conheça o menu da moda, que, além de delicioso e supernutritivo, oferece uma alternativa para a saúde – a sua e também a do planeta – e desperta o apetite

Comida viva- Brotos, grãos, sementes, raízes. Conheça o menu da moda, que, além de delicioso e supernutritivo, oferece uma alternativa para a saúde – a sua e também a do planeta – e desperta o apetite
Você já sabe que consumir verduras frescas, grãos e sementes é um prêmio para a saúde e a silhueta. Agora, imagine um cardápio tão fresco e natural queos ingredientes – orgânicos, para o bem da Terra – ainda estão vivinhos na hora de comer. Assim é a comida viva, que prioriza o consumo de alimentos crus e grãos germinados. Para experimentar, não é preciso fazer nenhuma mudança radical em sua dieta do dia a dia. “Em vez de restringir demais, preferimos estimular a introdução de itens saudáveis.
Desse modo, o próprio corpo tende a fazer escolhas melhores a cada refeição”, explica o cirurgião Alberto Peribanez Gonzalez, doutor em microcirculação e nutracêutica (especialidade que estuda o poder curativo dos alimentos) e autor do livro Lugar de Médico É na Cozinha (Ed. Alaúde). Ele acredita que apenas os alimentos vivos são capazes de eliminar de forma eficaz resíduos e toxinas acumulados em nosso organismo.
Outra vantagem é o preparo rápido: basta um bom liquidificador, facas e peneiras. O fogão (usado apenas para amornar sopas e ensopados de vegetais) deixa de ser protagonista. “A digestão é mais fácil, o que contribui para aumentar a disposição, já que se gasta bem menos energia no processo digestivo”, explica Ana Branco, pesquisadora alimentar e pioneira da comida viva no Brasil. Para ela, que também é professora de desenho industrial na PUC-Rio, essa opção alimentar é uma espécie de arte. “Desperta os sentidos e a criatividade”, diz a mestra, que há 15 anos coordena o projeto Convivências com o Biochip, em que são investigados os poderes dos frutos da Terra.
“A s sementes germinadas são como um chip que concentra energia vital; daí vem o nome biochip. Antes, minhas oficinas eram procuradas para curar doenças. Hoje, muita gente vem porque realmente gosta. Já cheguei a formar grupos de 150 pessoas. Para quem não sabe cozinhar, então, é uma beleza. Por isso, atrai muitos homens e jovens em busca de vitalidade.”
Segundo Ana, depois de uma semana tomando suco verde enriquecido com brotos (veja a receita do Suco da Luz do Sol*), já é possível sentir a diferença. “Um copo de 300 mililitros supre as necessidades calóricas e proteicas por até três horas, diminui a acidez gástrica e regula o intestino”, completa o médico Alberto Gonzáles. Ela também recomenda experimentar e incorporar ao cardápio alternativas como o “canelone vivo”, cuja massa é feita com finas fatias de abobrinha crua, o que dá a mesma textura do macarrão al dente. No recheio, em vez de queijo, pasta de castanha-do-pará (veja no site esta e outras receitas).
A história do mineiro Flávio Passos, 27 anos, chef de cozinha, é considerada exemplar pelos adeptos dessa nova onda: ele revela que, quando garoto, consumia somente enlatados, batatas fritas, refrigerantes, chocolate, macarrão instantâneo e nada de alimentos naturais, como verduras e frutas, nem grãos integrais.
Costumava sentir tonturas, dores de cabeça e enjoos. Aos 15 anos, descobriu que estava com cirrose, grave doença do fígado. “Quando tive que cuidar da alimentação, percebi que era difícil cortar o que fazia mal e apenas acrescentei verduras, legumes e grãos integrais. Melhorei e, há anos, controlo a doença sem medicamentos”, comemora. Flávio acabou estudando nutrição e tornou-se professor de alimentação viva.
SUCO DA LUZ DO SOL
Ingredientes:
2 maçãs, sem sementes, em pedaços.
Um punhado de legumes e raízes crus, como cenoura, pepino, abóbora, abobrinha, nabo, inhame, quiabo, couve-flor, gengibre (para um toque picante) Um punhado de folhas verdes comestíveis, como couve, chicória, hortelã, almeirão, rúcula, agrião Um punhado de sementes de girassol germinadas (veja abaixo como germinar)

Preparo: Primeiro, coloque as maçãs na centrífuga. Junte os grãos germinados, em seguida as folhas, os legumes e a raiz. Beba imediatamente.
Obs. Prefira os orgânicos e varie sempre os ingredientes. A maçã equivale à água do suco e deve ser o elemento constante. Se quiser, pode acrescentar outras frutas, exceto melão e melancia. Não coloque água e regule o sabor a gosto: a maçã acentua o doce; folhas escuras, o amargo.
BROTO LEGAL
É possível fazer o suco verde sem os brotos, mas eles o enriquecem, pois concentram as qualidades nutritivas da planta. Ana Branco ensina a fazer a germinação:
1. Compre sementes cruas de girassol sem casca (vendidas em boas casas de produtos naturais).
2. Coloque de 1 a 3 colheres (sopa) das sementes em um vidro de boca larga. Cubra com água limpa.
3. Deixe de molho por uma noite ou, no mínimo, por oito horas.
4. Cubra o vidro com um pedaço de filó, prenda o tecido com um elástico e emborque o vidro para escorrer. Enxágue bem os grãos em água corrente. Escorra novamente.
5. Incline o vidro em um escorredor, em lugar sombreado e fresco. Deixe mais oito horas 6. Antes de comer ou adicionar ao suco, sempre lave os brotos em água corrente esfregando muito bem para eliminar todos os resíduos e gases tóxicos naturais da germinação.

Mais informações, outras receitas e dicas para montar uma horta vertical no site da 
http://claudia.abril.com.br/

http://comidaecologica.com.br/bemvindo/2010/05/germinar-sementes-germinacao-brotos-como-fazer/ 

Salada de brotos de feijão

Modo de preparo

Prep: 25 min | Tempo adicional: 1 hora, de molho
1.Coloque o damasco e a manga numa saladeira e regue com o suco de maçã. Tampe e deixe de molho por 1 hora, ou até que o suco tenha sido absorvido e as frutas estejam hidratadas.
2.Adicione a abobrinha, a endívia e os brotos, e misture bem.
3.Para fazer o molho, primeiro passe o gengibre por um espremedor de alho até obter 2 colheres de chá de suco de gengibre. Em seguida misture esse suco com a mostarda, o vinagre, o mel, o sal e a pimenta-do-reino a gosto. Acrescente o óleo aos poucos, batendo até engrossar ligeiramente. Misture as sementes de papoula. Regue a salada com o molho, misture e sirva em seguida. 
 
Dicas e sugestões • Muitos supermercados vendem embalagens de brotos de feijão, grãos e sementes sortidos, mas é muito fácil cultivá-los em casa. Os brotos mais adequados para saladas são o de alfafa, o dos feijões mung e azuki e o de feno-grego. Lave os feijões ou as sementes e coloque num pote grande. Encha com água e tampe com um pedaço de pano fino preso com um elástico.

Deixe de molho em local aquecido de um dia para o outro. No dia seguinte, escorra a água através do pano e torne a encher o pote de água, novamente através do pano. Agite suavemente, escorra completamente a água e deixe o pote enviesado, longe da luz direta do sol. Repita esse processo pela manhã e à noite por 2 a 3 dias, até que as sementes brotem.

Coloque o pote num local ensolarado, mas não quente demais, por alguns dias, ainda lavando regularmente, até que os brotos tenham atingido o tamanho desejado. Lave bem e, antes de usar, retire as sementes que não brotaram.

• Para uma salada de broto de feijão com damasco fresco e laranja, misture 2 talos de aipo picados, 1 bulbo de funcho cortado em fatias finas, 115 g de rabanete vermelho cortado em quatro, 2 laranjas, descascadas e divididas em gomos, 4 damascos sem caroço e cortados em fatias, e 115 g de broto de alfafa. Para o molho, misture 2 colheres de sopa de óleo de girassol com 2 colheres de sopa de suco de laranja e 1 colher de chá de suco de limão. Tempere a gosto. Regue a salada e misture.

Comer faz bem! • Como os naturopatas acreditam que o vinagre de cidra possui propriedades terapêuticas, sugerem que ingerir 1 a 2 colheres de chá dissolvidas num copo d’água 2 a 3 vezes ao dia pode ajudar a aliviar os sintomas de artrite. • As frutas secas são uma fonte concentrada de nutrientes, inclusive ferro, cálcio, fósforo e algumas vitaminas do complexo B. Fornecem ainda significativas quantidades de fibra alimentar. • Embora apenas uma pequena quantidade seja usada nesta receita, as sementes de papoula dão sua contribuição ao teor de proteína desta salada.

Cada porção fornece:✓✓✓B1, B6, E, niacina * ✓✓C, cobre, ferro, potássio *✓A, cálcio, zinco

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