Refeições em família ajudam a prevenir obesidade infantil
Pais conseguem identificar distúrbios alimentares e oferecer pratos mais saudáveis
A pesquisa liderada pela University of Illinois, nos Estados Unidos, baseou-se na revisão de 17 estudos recentes sobre padrões alimentares e nutrição, totalizando mais de 182 mil crianças e adolescentes. Os especialistas observaram quantas pessoas estavam acima do peso, tomavam pílulas para controlar o peso, induziam vômitos, utilizavam laxantes e diuréticos, ficavam em jejum, comiam muito pouco, pulavam refeições ou ainda fumavam para enganar a fome.
Ainda que não seja possível sentar-se à mesa com a família durante sete dias por semana, os autores do estudo aconselham que os pais estipulem cotas mínimas para que seus filhos comam em casa. A reunião também é essencial para que sejam identificados sinais precoces de padrões alimentares negativos.
Hábitos alimentares inadequados somados ao sedentarismo na infância são dois fatores que podem favorecer a obesidade infantil. Para se prevenir contra esse mal, confira algumas dicas que as nutricionistas Daniela Cyrulin e Alessandra Rascovski sugerem aos pais:
1. A criança deve comer cinco ou seis refeições (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia) em locais apropriados e horários pré-estabelecidos;
2. As guloseimas não devem ser proibidas, mas sim oferecidas em porções controladas, por exemplo, um pacotinho com três bolachas recheadas;
3. Sempre tenha em casa legumes, verduras, salada, frutas, iogurtes, cereais matinais e sucos naturais;
4. Passe a usar mais produtos integrais, diminuindo a quantidade dos refinados;
5. Substitua os refrigerantes por sucos naturais e não deixe que a ingestão de líquidos junto às refeições, seja maior que 250 ml;
7. Elogie seu filho ao perceber que ele está levando a sério sua nova maneira de se alimentar;
8. Diminua gradativamente a quantidade de alimentos, se esse for o motivo do ganho de peso.
Bons hábitos podem reduzir obesidade infantil
Alimentação saudável é crucial no combate ao excesso de peso
O sedentarismo e as dietas baseadas em alto índice de gordura e com alto valor calórico, estão entre as principais causas do aumento do sobrepeso e da obesidade.
Em crianças e adolescentes, a obesidade está associada à alteração de fatores de risco como aumento do colesterol, triglicerídeos, pressão arterial e glicemia que podem levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, além de contribuir para a baixa auto-estima e discriminação social, oportunizando, assim, complicações emocionais. A obesidade em crianças constitui-se, ainda, em fator preditivo para a obesidade no adulto.
Para promover hábitos alimentares mais saudáveis, e, conseqüentemente, diminuir os índices de obesidade, acredita-se que seja importante que as pessoas tenham conhecimentos de alimentação e nutrição. É muito importante que esses hábitos alimentares sejam estimulados desde o início da vida. Algumas dicas para a promoção de bons hábitos alimentares na introdução de alimentos na alimentação de crianças:
Orientação alimentar a familiares e demais pessoas responsáveis pelo cuidado da criança. Evitar excesso de doces e alimentos de calorias vazias, isto é, alimentos que fornecem calorias, mas não fornecem nutrientes.
Disciplina no horário das refeições.
Cuidado com deficiências ou exageros de alimentos.
Oferecer alimentação em ambiente calmo e apropriado.
Entender a rejeição inicial aos novos alimentos. Proporcionar novas oportunidades; porém nunca forçar a criança a se alimentar.
Permitir que a criança explore os alimentos (textura, cheiro e paladar) tocando e sentindo com suas próprias mãos.
Deixar que ela regule a quantidade e o ritmo com que quer ser alimentada (parar de oferecer o alimento quando ela indicar que está satisfeita).
Evitar chamar atenção para suas tentativas mal sucedidas (reforço negativo).
Fernanda Borges Carlucio da Silva é nutricionista, professora e supervisora de estágio do curso de Nutrição da UNINOVE.
Combate à obesidade infantil começa em casa
A obesidade na criança é definida pela presença, na composição corporal, de um excesso de gordura em relação ao tecido magro. O grau de obesidade pode ser calculado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que relaciona o peso com a altura. Na criança a composição corporal varia ao longo do tempo e também conforme o sexo. A quantidade de gordura aumenta no primeiro ano de vida, para depois diminuir, havendo de seguida um novo aumento chamado "ressalto de adiposidade" na idade pré-pubertária (mais precoce nas raparigas que nos rapazes).
Em Portugal, tal como nos países desenvolvidos e mesmo em alguns países em desenvolvimento, tem-se assistido nas últimas décadas a um aumento preocupante de incidência de obesidade nas crianças e adolescentes. Num estudo recente no nosso país, investigadores concluíram que a prevalência do sobrepeso e obesidade é, no grupo etário dos sete aos nove anos, de 29,4% nos rapazes e 33,7% nas raparigas.
- A obesidade na criança e, principalmente, no adolescente tem uma relação directa com a sua evolução para a obesidade na idade adulta (três em cada quatro adolescentes obesos tornam-se adultos obesos).
- A obesidade no adulto resulta numa maior morbilidade (susceptibilidade a doença) e mortalidade ligada a doenças cardiovasculares, hipertensão, e diabetes tipo II, bem como na sobrecarga financeira do sistema de saúde
No outro extremo da equação encontra-se a actividade física.
- Sedentário: 1 – 1,14
- Activo: 1,6 – 1,9
- Muito Activo: superior a 1,9
A televisão está também intimamente relacionada com o surto de obesidade, havendo uma correlação directa entre o Índice de Massa Corporal e o número diário de horas gastas a ver TV.
Relacionamento da televisão com o surto de obesidade Acontece essencialmente por três motivos: 1. Baixa actividade física (PAL inferior a 1,5) enquanto a criança ve TV. 2. Consumo de alimentos (habitualmente snacks altamente calóricos ou refrigerantes) durante os períodos em que assistem a TV. 3. As mensagens publicitárias destinada ao público infantil, desajustadas e encorajando o consumo de alimentos obesogénicos. |
- A não ser em casos extremos, não se deve procurar que uma criança perca peso intensamente. Uma dieta demasiado restrita pode levar a uma diminuição de nutrientes (nomeadamente proteínas e cálcio) necessárias ao crescimento. O objectivo da redução calórica modesta (diminuir apenas 100 Kcal/dia pode levar a perda de cinco kg num ano) é que a criança cresça sem ganhos ou perdendo pouco peso, o que irá permitir a normalização do IMC.
- Deve ser encorajada uma dieta saudável, rica em produtos de origem vegetal (verduras, frutas, cereais) suficiente em produtos animais (peixe, carne e ovos) e lácteos (leite magro ou meio gordo, iogurtes, queijo pouco gordo). Os snacks e os produtos com açúcar adicionado (refrigerantes, bolos, doces, cereais achocolatados ou com mel, guloseimas) devem ser abolidos.
- Deve-se procurar que a criança coma a mesa, em família, e reduzir as visitas aos restaurantes de fast-food (ou escolhendo aqueles que já tem na oferta menus mais saudáveis como grelhados e saladas, não consumindo batatas fritas e refrigerantes).
- É de evitar que se empanturrem as refeiçoes incentivando-os a comer devagar, começando pela sopa e usando, se necessário, a "Regra dos 20": quando tiver vontade de repetir, esperar 20 minutos, tempo suficiente para que os alimentos passem para o intestino e comuniquem ao cérebro sinais de saciedade que levam a criança a não ter mais apetite naquela refeição
- Deve ser promovida a ingestão de um bom pequeno-almoço e evitar longos períodos sem comer, por levarem a uma grande voracidade na refeição seguinte. Entre as refeiçoes deve ser incentivado o consumo de alimentos pouco calóricos (peça de fruta com casca, barra de cereais integrais, bolacha integral, ou iogurte)..
- Nunca deve ficar esquecida a necessidade de aumentar o exercício, que deve ser do tipo "não estruturado" nas crianças pequenas como jogar a bola ou ás escondidas, andar de bicicleta, subir escadas a correr, e "estruturado" nos adolescentes como práticas desportivas, de preferencia em grupo.
- O "tempo de ecra" não deve ultrapassar uma hora por dia e nunca se deve permitir a TV no quarto da criança, facto que representa um acréscimo de mais 0,64 horas diárias de "tempo de TV". De facto, quando os pais poem limites no tempo de ver televisão, este reduz-se em 0,2 horas por dia, que se transformam em "tempos de leitura". Não se deve deixar as crianças comerem enquanto veem TV.
- O combate a obesidade e as suas consequencias graves tem que ser ganho em idades pediátricas, no seio da família – encorajando nos pais bons hábitos de vida, nomeadamente alimentares e sensibilizando-os para a prática de exercício, e na escola – através de programas de educação alimentar e da restrição, nos bares e cantinas, de alimentos pouco saudáveis.
Obesidade no Brasil
- em todas as faixas etárias e de renda, o percentual de pessoas com excesso de peso e obesas aumentou; (rico não come só salada não!!! E quem não tem dinheiro, quando tem, não sabe escolher os alimentos!)
- das crianças de 5 a 9 anos o sobrepeso atinge 30%;
- na idade de 10 a 19 anos o sobrepeso atinge 20%;
- 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos estão com sobrepeso;
- entre os 20% mais ricos , o excesso de peso atinge 61,8% na população de mais de 20 anos;
Filhos de pais obesos têm 80% de chance de se tornarem obesos
A atividade física, dentre os inúmeros benefícios que proporciona à saúde, tem como um dos objetivos, auxiliar no controle de peso proporcionando uma melhor qualidade de vida e prevenindo doenças.
Veja alguns efeitos dos exercícios físicos na obesidade:
Aumento da massa magra (músculo), proporcionando um aumento no metabolismo (reações bioquímicas do organismo) e com isso diminuindo a porcentagem de gordura corporal.
Aumento da secreção de hormônios anabólicos (para aumento de massa muscular).
Melhora da auto estima.
Melhora da força e resistência muscular.
Aumento do metabolismo celular nas horas seguintes ao exercício, gastando mais calorias mesmo em repouso.
Aumento do gasto calórico, que contribui para perda de peso gordo, quando combinado com exercícios aeróbicos (corrida e caminhada) e anaeróbios (musculação).
A estratégia recomendada para a redução de peso envolve uma dieta balanceada, que provoque uma restrição calórica, associada a um programa de exercícios de resistência (exemplo, musculação).
Para manter o controle do peso é necessário um compromisso contínuo com hábitos alimentares adequados e combinado com atividade física regular.
Curiosidades em relação a obesidade:
São registrados maiores números de obesidade entre classe sociais mais altas e em moradores de região onde há mais facilidade para obter comida.
Hábitos alimentares saudáveis e exercícios físicos praticados desde a infância são medidas essenciais para diminuir a probabilidade de obesidade.
Filhos de pais obesos têm 80% de chance de se tornarem obesos, seja por questões genéticas ou culturais, pela transferência de hábitos alimentares inadequados e falta de atividades físicas.
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