OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.
No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):
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A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano
domingo, 4 de setembro de 2011
Quer perder peso? Põe fé no diário
Papel e caneta na mão. É disso que você vai precisar para colocar sua dieta nos trilhos. Está provado: anotar tintim por tintim tudo o que passa pela sua boca ajuda – e muito – a mandar aqueles quilinhos extras para o espaço Faça o teste!
por Carla Conte fotos Zeca de Sousa
Você vive fazendo dieta, experimenta cada produto light que aparece no supermercado, testa as novas aulas exterminadoras de calorias na academia, lê reportagens sobre como fazer as pazes com o espelho – e nada de emagrecer. Já experimentou anotar tudo o que come ao longo do dia? Pois saiba que essa técnica pode fazer toda a diferença na hora de enxugar as medidas. Tanto é verdade que nove entre dez especialistas em nutrição recomendam às suas clientes que escrevam num caderninho cada alimento, doce ou salgado, que comerem. “Estudos revelam que esse hábito aumenta as chances de sucesso de quem quer perder e manter o peso”, conta o endocrinologista Alfredo Halpern, chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas em São Paulo (SP).
Em busca do autoconhecimento
Em um dos experimentos, pesquisadores da Universidade do Colorado (EUA) acompanharam mais de 2 mil pacientes que escreviam um diário alimentar e constataram que todos perderam pelo menos 15 quilos (e não voltaram a engordar!). Animador, não? Parece tão simples que fica até difícil de acreditar que possa dar certo. O fato é que funciona, acredite. “Ao escrever, você passa a prestar atenção exatamente no que e no quanto vem colocando no prato”, explica Halpern. “Essa percepção é fundamental para evitar os deslizes que sabotam o plano alimentar e muitas vezes passam despercebidos”, diz. Quer ver só como é verdade? Você fala que não sabe por que engorda, mas quantas vezes não se esqueceu de contabilizar os biscoitinhos dados pela sua colega, o pedaço de bolo que experimentou na casa da sua tia, o bombom que devorou enquanto dirigia? E por aí vai… Daí a importância de escrever tudo mesmo. O diário não serve apenas como um raio X do cardápio: seu poder de ação é bem maior. “Ele também aumenta a disciplina, o que é fundamental para a dieta funcionar”, diz a nutricionista Érika Romano, do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (Ambulim) do Hospital das Clínicas em São Paulo. “É como se o hábito de escrever criasse uma pressão psicológica positiva”, completa a nutricionista Tânia Rodrigues, da RGNutri Consultoria Nutricional, em São Paulo. “Você entra na linha porque acaba selecionando melhor os alimentos.” É a pura verdade. A professora Amanda Torres, 25 anos, que o diga, pois tentou várias dietas desde a adolescência, mas só conseguiu emagrecer de vez depois de adotar essa técnica. “Ficava tão decepcionada comigo quando descrevia os meus ataques à geladeira que decidi me comportar melhor”, diz. “Funcionava como um boletim escolar. E ninguém gosta de ver que não está indo bem.” Resultado: quando percebeu que os prolemas maiores eram beliscar no trabalho e exagerar à noite, aprendeu a se controlar melhor e, aos pouco, eliminou 7 quilos.
Muito além das calorias
Ao descrever seu cardápio, você fica atenta e pensa duas vezes antes de escapar da dieta. Além disso, o diário também pode ajudá-la a prestar atenção em certos hábitos alimentares que podem interferir nos seu projeto curvas. A seguir, alguns deles.
- Não comer todos os grupos de nutrientes (proteínas, carboidratos e fibras).
- Exagerar nas quantidades.
- Beliscar o dia inteiro.
- Pular refeições.
- Comer demais de puro nervosismo.
Fazer essa análise por conta própria não é lá uma tarefa muito fácil. Porque, verdade seja dita, mesmo quem já virou uma expert em dietas e calorias muitas vezes não percebe se está exagerando em uma categoria de alimento, se falta algum nutriente, se está adotando as melhores combinações na hora de montar o prato. “Por isso, vale a pena procurar um especialista que possa corrigir os erros mais sutis, que também comprometem o emagrecimento”, diz Mônica Beyruti, nutricionista da Clínica Halpern. Isso não quer dizer que quem adere ao diário por iniciativa própria esteja fadada ao fracasso. Pelo contrário. “O caderno é um instrumento poderoso por revelar o que você vem fazendo com seu corpo. Isso, por si só, muitas vezes é o suficiente para promover algumas mudanças e evitar recaídas freqüentes”, diz a psicóloga paulistana Suzy Camacho.
Só vale contar a verdade
Em uma pesquisa norte-americana que nada tinha a ver com emagrecimento, os especialistas pediram que alguns estudantes registrassem o que consumiam por uma semana. O resultado – surpreendente – revelou que a maior parte deles perdeu peso. E olha que eles nem estavam preocupados com o assunto. O simples fato de anotar os hábitos alimentares já detonou os quilos extras. Para a técnica funcionar, é preciso ser 100% honesta. “Se mentir, o trabalho terá sido em vão”, avisa a nutricionista Érika. Encare o caderno como um aliado e não como um bedel, que vai espioná-la e repreendê-la ao menor deslize. “Senão, o diário pode até bloquear o emagrecimento”, diz a endocrinologista Karla Saggioro, autora do livro Emagrecer – Soluções Práticas (Editora Fundamento). Convencida? Comece hoje o seu diário e faça dele seu cúmplice para atingir o autoconhecimento. O resultado você logo vai notar – nas roupas, na balança e nos olhares de admiração…
Bloquinho a postos
Aqui vai um roteiro com as dicas dos especialistas e das garotas que não deixam de anotar qualquer detalhe – tanto os pecadinhos à mesa quanto sua força para resistir às tentações.
- Procure escrever o que comeu todos os dias, de preferência logo após as refeições, para não esquecer nada.
- Registre as quantidades, o horário e, se souber ou quiser, as calorias. Elas aparecem nos rótulos dos produtos prontos e podem ser pesquisadas em tabelas que qualquer médico vai lhe fornecer. Também vale escrever o seu nível de fome ao lado de cada refeição.
- Não deixe de anotar seus sentimentos (preocupação, tristeza, ansiedade, irritação), eventos marcantes (discussão com o chefe, briga com o namorado) e até mesmo dores (de cabeça, cólica).
- Quando exagerar em uma refeição, procure anotar ao lado o motivo do deslize (se era uma festa, se estava nervosa ou faminta, por exemplo.)
- Vá registrando o seu peso e as atividades físicas (com o tempo de duração) ao longo do caderno.
- O menu do fim de semana ou de férias também deve ser anotado. Nesses períodos, as recaídas são mais freqüentes.
- Se esquecer de escrever um dia, não tem problema. Mas continue no dia seguinte.
- Caso escreva o diário sem acompanhamento médico, tente fazer regularmente uma análise do que comeu e sublinhe os seus deslizes.
- Conserve esse hábito na fase de manutenção. Quando se sentir segura, deixe o caderno de lado. Mas nada a impede de voltar a escrever toda vez que tiver necessidade.
- Seja sincera ao escrever: se mentir, a única prejudicada será você mesma.
“Resolvi fazer o diário por conta própria. Já tinha lido na BOA FORMA que essa técnica ajudava a emagrecer. Então, pensei: por que não? Comecei a escrever há dois meses e já emagreci quase 2 quilos – estou bem próxima do meu peso ideal. Notei que saía da linha várias vezes sem perceber, beliscava sem parar. Em alguns dias, consegui reduzir mais de 500 calorias do meu cardápio. Também me dei conta de que a noite é o momento mais crítico para mim. Por isso, redobro a atenção. Na verdade, o diário virou um excelente conselheiro, que me alerta quando estou passando dos limites.” Mirian de Lion, 21 anos, estudante de fisioterapia, 58 quilos, 1,65 metro
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“Faço diário alimentar há mais de dois anos. Foi uma ‘ordem’ da minha nutricionista. Passei a anotar tudo: ingredientes, quantidade, hora, intensidade da fome, meu estado de espírito, os exercícios… Foi excelente para tomar consciência do que estava fazendo com o meu corpo. Reduzi os beliscos e ajustei meu jantar – hora que exagerava mesmo. Ficava muito orgulhosa toda vez que via no papel que meu dia havia sido equilibrado, que tinha malhado e comido direitinho. Quando exagerava, também tentava entender o porquê. O resultado foi excelente: emagreci 10 quilos e mantive meu peso! Hoje, parei de ir à nutricionista, mas do diário não abro mão.” Carla Conte, 31 anos, jornalista, 63 quilos, 1,73 metro
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“Tinha certeza de que comia direito: produtos integrais, carnes magras, frutas e verduras. Mas alguma coisa estava errada, pois o ponteiro da balança não recuava. Após alguns dias de anotações, percebi o problema: exagerava na quantidade. Se não tivesse tido o cuidado de prestar atenção no quanto colocava no prato para depois escrever no diário, jamais iria descobrir que era esse o erro. Reduzi o tamanho das porções e emagreci o que queria – 1,5 quilo em menos de um mês. No final do ano passado, parei de anotar e voltei a engordar. Agora, não durmo sem colocar no papel tudinho o que comi.” Juliana Romantini, 21 anos, professora de educação física, 56,5 quilos, 1,60 metro
BOA FORMA http://www.lufrancesa.com/blog/vigilantes-do-peso/quer-perder-peso-poe-fe-no-diario/
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