Emagrecer não é tão difícil.
Se pudéssemos examinar as células adiposas, veríamos que são estruturas extraordinárias. Cada uma delas é uma obra de arte microscópica da natureza. São as células mais vivas de nosso organismo, a todo o momento procurando vestígios de sobremesa, e sempre prontas para enviar ao cérebro um grito de protesto, e por isso merecem uma admiração toda especial, por sua persistência, renascendo como uma fênix, das cinzas do regime que fizemos no mês anterior.
Só recentemente, é que a ciência começou a desvendar as complexas interações do cérebro com o estômago, e as células gordurosas propriamente ditas. Estamos agora reexaminando o que significa ser gordo. Alguns colegas já concluíram que o peso da pessoa é resultado de um processo dinâmico que visa estabelecer uma sintonia entre o apetite e o metabolismo. A conceituação básica de que as reservas de gorduras influenciam o comportamento na ingestão de alimentos, é tida como contribuição importante para que se possa compreender a obesidade. Os índices de lípase lipoproteínica no sangue, isto é, da enzima que estimula o depósito da gordura nas células adiposas, revelam-se elevadíssimas nos pacientes que perderam muitos quilos, mesmo depois de muito tempo da pessoa se desfazer das suas roupas, dos tempos de gorda, o fantasma da gordura sobrevive no seu perfil bioquímico.
Alguns pesquisadores acreditam que a chave da obesidade resida no interior das próprias células adiposas, quando a ingestão excede o gasto calórico, as células podem crescer em proporções diferentes por todo o organismo até um máximo de cinco vezes ao seu tamanho normal, elas jamais desaparecem naturalmente. Outra teoria é que talvez a obesidade se relacione com a redução dos índices da enzima denominada ATPase de sódio-potássio, que despende muita energia para introduzir e retirar das células esses dois minerais.
Até certo nível, a obesidade é uma simples disfunção orgânica. As pessoas engordam porque consomem menos energia do que ingerem, no entanto este ponto de vista não explica porque motivo com a mesma quantidade de alimento algumas pessoas engordam e outras se mantêm magras. Não explica também porque algumas pessoas sentem aquela necessidade de comer mais do que precisam. Como orientação para o tratamento da obesidade, esse ponto de vista, tem sido um fracasso, a não ser para editores de livros de regime, os quais continuam arquitetando sempre uma nova dieta. E muitas pessoas acabam entrando e saindo desses regimes, que prometam resultados quase milagrosos em poucas semanas. Não adianta se enganar, quem quer emagrecer precisa ter vontade, disciplina e paciência, e o melhor a se fazer é procurar profissionais especializados e seguir à risca suas recomendações.
Já é do conhecimento de todos, que o acúmulo de gorduras, e outros fatores que levam ao excesso de peso, representam um processo lento. Ninguém engorda de uma hora para outra, isso vai ocorrendo e variando no tempo de forma gradual, sem saltos. Para emagrecer o processo é o mesmo, ou seja, perde-se peso de forma gradual. Portanto, emagrecer e depois conseguir manter o peso vai depender dos hábitos alimentares da pessoa, e do nível de atividade física praticado, esses são os grandes aliados na luta contra o ponteiro da balança.
Logo, não existem fórmulas mágicas, mas quando há uma preocupação com a saúde e qualidade de vida, a reeducação alimentar, juntamente com a atividade física, torna-se uma grande e valiosa aliada, proporcionando ao organismo, um emagrecimento confiável e saudável, e com isso a vida toma outra direção, ganha qualidade e a auto-estima passa a estar presente em nosso dia-a-dia, pois afinal, a saúde é um dos maiores presentes oferecido a nós, por Deus.
Dr. José Umbelino de Morais
Clínica Geral, Endocrinologia, Medicina Ortomolecular e Medicina Estética.
Membro do Instituto Brasileiro de Ensino e de Medicina Estética e da Associação Brasileira de Medicina Ortomolecular.
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