Dicas de motivação para emagrecer
Como a pessoa pode estar sempre motivada para agir em seu benefício e das pessoas que a cercam? Como superar as dificuldades próprias da vida?
A resposta é bem conhecida: a pessoa deve estar preparada para transpor os obstáculos e conquistar os seus objetivos.
1- A maneira como cada indivíduo lida com suas emoções dificulta ou favorece a sua capacidade de pensar, de superar os seus problemas e de alcançar os seus objetivos. A imagem que cada um tem de si mesmo regula a energia interior necessária para as ações.
Quando alguém se considera incapaz de fazer algo, fica muito difícil fazê-lo. Muitas pessoas desanimam facilmente, pois o desânimo tem grande poder de sedução e o derrotismo e o vitimismo podem ser tentadores.
2- Durante a vida fazemos nossas escolhas e cometemos erros e acertos. Quanto mais escolhas fizermos e nos responsabilizarmos por elas, mais capacitados ficaremos para agir corretamente. Quanto mais culparmos os outros por nossas escolhas erradas, menos autônomos e mais dependentes seremos. Manter vínculos com pessoas capazes de dar apoio e estímulo para novas conquistas pode ajudar na superação dos problemas, mas não se deve esperar que façam o papel de tábua de salvação. Cada pessoa deve encontrar a melhor solução para si mesma. O auto-conhecimento é a base para qualquer mudança de vida e muitas vezes a ajuda de um psicólogo pode facilitar esse processo.
3- A psicologia tomou emprestado da física o conceito de resiliência, que é a capacidade de um material resistir a impactos sem quebrar, para explicar a capacidade que algumas pessoas possuem de lidar com problemas e impulsionar sua vida quando confrontadas com adversidades. As pessoas que superam as próprias fraquezas e buscam forças para atingir seus objetivos constituem um exemplo de alta resiliência.
Toda tentativa de mudança pode produzir insegurança, medo e desejo de manter a rotina já estabelecida. Não adianta a pessoa reclamar do destino, ao invés de tentar mudar e começar algo novo. Se nada for feito, a tendência é de maior agravamento dos problemas dia após dia, podendo surgir sintomas de angústia, depressão, úlcera, labirintite e outros distúrbios psicossomáticos.
4- Por que muitas pessoas obesas ou com sobrepeso têm tanta dificuldade em perder peso? Porque provavelmente repetem práticas comportamentais e emocionais que dificultam o emagrecimento. De forma simplificada, podemos dizer que essas pessoas ficam presas num círculo vicioso que as impede de atingir seus objetivos. Por isso é importante reagir, começar agora a mudar a situação indesejada: estudar, trabalhar, cuidar da saúde, estabelecer relações prazerosas, adquirir novos hábitos de vida, organizar-se.
Para liberar a energia necessária para a realização de um objetivo, a verdadeira motivação deve ter origem numa necessidade interior, vinda da própria pessoa. A tentativa de realizar expectativas ou sonhos alheios não funciona. Só é possível comprometer-se com objetivos se eles forem pessoalmente desejados.
5- O emagrecimento duradouro não combina com alimentação sem prazer ou com guerras diárias contra o desejo e a gula. Por isso, a perda de peso ou a manutenção do peso desejado é acima de tudo um processo contínuo, através do qual a pessoa incorpora hábitos saudáveis progressivamente, os quais deverão ser mantidos de forma consciente e prazerosa.
Todos os que estão sem motivação para adotar um estilo de vida mais saudável, devem parar para pensar e reconhecer que a reeducação alimentar e a rotina de exercícios físicos são escolhas que trarão grande bem-estar físico e mental. Ao sentir os benefícios da mudança de comportamento, farão a si mesmos a pergunta: como eu podia viver daquela forma?
Flávia Leão Fernandes
CRP 06/68043 Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar com enfoque em obesidade.
Você se alimenta por compulsão ou por dependência?
O que leva uma pessoa a consumir diariamente quantidades excessivas de alimento, que vão muito além das necessidades de seu organismo?
Alguns dirão que trata-se de gula ou fraqueza de caráter.
Na compulsão há uma alternância entre momentos de total descontrole e momentos de culpa e auto-recriminação. Quando descontrolada, a pessoa come rapidamente até sentir-se cheia e muitas vezes só se dá conta de tudo o que comeu após olhar os pacotes de vazios de bolachas e salgadinhos espalhados pelo chão.
Em seguida surge o sentimento de culpa e cresce a angústia por perceber-se incapaz de controlar o próprio comportamento. Como se nota, na compulsão há o desejo de parar de comer, mas o indivíduo se vê dominado por uma força maior.
A dependência é um processo bastante diferente, pois aqui não há o desejo de parar de comer. O indivíduo ama o alimento e estabelece com ele uma relação de cumplicidade. Neste caso, o alimento funciona como um amigo que acalma e ajuda a aliviar as tensões.
Não há angústia frente ao ato de comer; o que existe é uma preocupação com as conseqüências deste ato: "meu médico diz que eu preciso emagrecer porque meu colesterol vai mal. Eu sei que ele está certo, mas eu amo comer e não tenho vontade de parar", relatou-me certa vez um jovem paciente. Para estas pessoas não é o consumo exagerado do alimento, mas sim a sua ausência que traz infelicidade.
Reconhecer o tipo de relação estabelecida com a comida é o primeiro passo para tratar estes distúrbios do comportamento alimentar. No caso da dependência, é importante que o indivíduo reflita sobre a função emocional que o alimento assume em sua vida. Ele deve buscar tomar conhecimento das necessidades afetivas que são supridas pelo alimento para que, futuramente, possa vir a satisfazê-las de outras formas.
Já na compulsão, a reflexão deve possibilitar ao indivíduo reconhecer a origem do descontrole. Isto ajuda a diminuir o nível de angústia, pois a pessoa se conscientiza do porquê come e pode, assim, rever este comportamento.
Quem busca tratar a obesidade deve estar ciente que este não é um problema puramente emocional. O consumo excessivo de alimentos pode também ser resultado de algum distúrbio orgânico e, neste caso, auxílio médico se faz necessário.
Além disto, nos casos em que o descontrole do comportamento alimentar possui bases psicológicas, a procura de um profissional qualificado é sempre recomendada, pois torna mais eficiente e produtivo o processo de reflexão sobre as causas destes distúrbios e abre possibilidades de solucioná-los.
Flávia Leão Fernandes
CRP 06/68043 Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar com enfoque em obesidade.
De bem com a vida
O desejo de superar problemas, alcançar objetivos e realizar sonhos faz com que os livros de autoajuda tenham grande aceitação. Todavia, nem sempre esses livros são eficientes para a solução de conflitos.
A administração eficiente dos problemas que surgem durante a vida provoca o crescimento da pessoa. Quando as ações são adequadas para conduzir ao resultado esperado, a pessoa passa a acreditar mais em si mesma como construtora da própria realidade. Torna-se vencedora e bem sucedida.
O mundo moderno tornou-se propício ao surgimento de problemas mentais e físicos. Na realidade, ocorre que muitas vezes os indivíduos ultrapassam seus limites, não respeitando suas possibilidades.
É preciso aceitar o ritmo biológico próprio e sempre respeitá-lo. É necessário dedicar-se a tudo o que seja realmente importante, mas também é essencial descansar, dormir bem, alimentar-se corretamente e divertir-se.
É aceitável certo nível de tensão, ansiedade, insegurança, irritabilidade, desconfiança e tristeza. Entretanto, a forma e a intensidade com que esses sentimentos interferem no cumprimento de compromissos e na clareza de pensamento determinam o grau de normalidade das pessoas.
Saber rir de si mesmo é uma prova de sabedoria e maturidade. Significa reconhecer os próprios limites e ter consciência de que ninguém é perfeito. Quem não se leva excessivamente a sério é capaz de compreender melhor os outros, de não atribuir importância exagerada a coisas insignificantes. Assim, melhora seu relacionamento e torna-se uma pessoa muito mais sociável.
Quem é muito severo consigo mesmo sofre bem mais, podendo perder a auto-estima e entrar em depressão. A influência dos pais é decisiva para que a criança tenha uma visão positiva de si mesma e do mundo, tornando-se uma pessoa otimista quanto ao seu próprio futuro.
Muitas pessoas já passaram por grandes tragédias na vida, mas conseguiram superar a dor e a tristeza, não se deixando abater pelas perdas sofridas. Essas pessoas desenvolveram a capacidade de crescer ao enfrentar problemas realmente sérios na vida.
O fatalismo e o sentimento de vítima impedem que a pessoa consiga mudar de rumo, projetar-se no futuro e realizar seus sonhos. É preciso serenidade e clareza de pensamento para analisar as circunstâncias e encontrar uma solução satisfatória para os problemas.
Diz-se que a doença que causa maior sofrimento é sempre a que você tem. O mesmo se aplica aos problemas. Para viver bem, é necessário que o corpo e o cérebro estejam afinados. É preciso respeitar os sinais que o corpo envia quando se estabelece um descompasso entre um e o outro. Os limites precisam ser respeitados!
Flávia Leão Fernandes
CRP 06/68043 Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar com enfoque em obesidade.
Mude seu caminho!
Inércia é um conceito da física. Segundo essa propriedade, se um corpo está em repouso, ele tende a ficar em repouso. Se ele está em movimento, ele tende a permanecer em movimento.
Tudo vai depender das forças que atuam sobre ele.Para muitas pessoas sair da inércia, significa forçar uma situação para dar início a um novo projeto de vida que traz algum desafio. Forçar uma situação pode gerar tensão e ansiedade e por isso é tão complicado sair da zona de conforto que se está acostumado.
Se não houver uma boa dose de entusiasmo e otimismo fica muito complicado iniciar algo novo. Acreditar que vai dar certo é outro fator importante para ter força no começo.
Se há o desejo de modificar ou iniciar uma situação de vida seja ela qual for - estudar, casar, emagrecer - é normal imaginar o que se pode perder quando se faz uma nova escolha. Porém se esse pensamento dominar pode acabar minando a força de vontade de qualquer pessoa.
Por exemplo, muitos desistem de começar a fazer exercícios só por imaginar que terão que deixar sua cama mais cedo. Na verdade, as coisas acontecem de maneira bem diferente. Ao colocar em prática a decisão tomada, percebe-se que os aspectos negativos foram superados pelos positivos. Aí pode até surgir aquele sentimento de culpa por ter postergado tanto seu novo projeto.
Ao invés de focar o pensamento no que se vai perder, reconheça o que vai ganhar com seu novo desafio. Concentre-se nos ganhos, comemore cada bom resultado, pois quanto mais perto estiver do objetivo traçado, maior será o estímulo para alcançá-lo.
Para alcançar um objetivo, é necessário ter coragem para tomar uma decisão, para definir sua posição e correr os riscos necessários. O que não pode é ficar sentado, esperando que as coisas aconteçam ou que as oportunidades surjam.
Ter uma atitude positiva para com a vida significa, muitas vezes, abandonar antigos hábitos e costumes e dizer não a aspectos que prejudicam o autodesenvolvimento e a saúde como um todo.
Quando uma pessoa realmente quer algo lutará para consegui-lo. Para isso é necessário vencer barreiras, e dar o início é a primeira delas. Tão importante quanto o talento é a habilidade para a dedicação, perseverança e para o trabalho árduo. Essas características permitem que se vá mais longe à busca pelos resultados desejados.
A pessoa que não se desanima e se apega ao dever por mais tempo que a maioria, tem, com certeza, uma grande chance de ver concretizado seus sonhos. Afinal, o tempo mais desafiante é o agora, porém não há nada de errado em sonhar com o futuro.
Para você que está sem forças para começar um novo projeto, não deixe que a inércia vença tudo de bom que ganhará ao dar início às decisões que considera importantes para sua vida.
Nunca se esqueça que domínio próprio é fundamental na vida!
Flávia Leão Fernandes
CRP 06/68043 Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar com enfoque em obesidade.
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