Compulsão alimentar
Por que temos compulsão desenfreada por certos alimentos?
Não é nenhum segredo que a dieta pode ser um desafio e a compulsão alimentar - aquele desejo quase incontrolável por alguns alimentos - pode dificultar ainda mais.
Por que temos desejos intensos de comer certos alimentos? Embora os desejos de comida sejam uma experiência comum, os pesquisadores têm começado somente agora a estudar os seus mecanismos. Pesquisadores australianos publicaram a mais recente pesquisa sobre a compulsão por certos alimentos e como eles podem ser controlados.
Nós todos sentimos fome - e por ‘fome’ entenda-se: comer qualquer coisa para acabar com ela. Mas o que torna a fissura por comida diferente da fome é o fato de ela ser específica. Nesse caso, nós não queremos apenas comer ‘alguma coisa’; queremos batata frita ou churrasco ou biscoito recheado ou sorvete ou massa ou chocolate ou... a lista é interminável.
Muitos de nós experimentamos os desejos de comida ao longo do tempo, mas para certos indivíduos, esses desejos podem representar sérios riscos à saúde. Por exemplo, os desejos de comida podem provocar episódios de compulsão alimentar, que pode levar à obesidade e transtornos alimentares. Além disso, ceder a essas ânsias por um alimento pode desencadear sentimentos de culpa e vergonha.
Qual a origem dos desejos por certos alimentos? Muitos estudos sugerem que a imagem mental pode ser um componente-chave de compulsões alimentares: quando as pessoas desejam um alimento específico, eles têm imagens vivas desse alimento. Um estudo mostrou que a força do desejo por determinada comida está associada à forma como a pessoa ‘imagina’ aquela comida: de forma intensa, nítida, vívida – o que traz a famosa ‘água na boca’ só de pensar nela. Aqui, um pouco de ciência: as imagens mentais (imaginando comida ou qualquer outra coisa) utilizam diversos recursos cognitivos cerebrais. Estudos têm demonstrado que quando as pessoas estão imaginando alguma coisa, eles têm dificuldade de completar várias tarefas cognitivas (aquelas que exigem que seu cérebro trabalhe, pense, raciocine, calcule etc).
Quer a prova? Pois num dos testes realizados, os voluntários que estavam desejando chocolate recordaram menos palavras e levaram mais tempo para resolver problemas de matemática do que os voluntários que não tinham o desejo de chocolate. Estas ligações entre os desejos de comida e as imagens mentais, juntamente com as evidências de que a imagem mental consome recursos cognitivos, podem ajudar a explicar porque os desejos de comida podem ser tão perturbadores!
Porém, a boa noticia vem agora. Novas descobertas sugerem que essa relação pode funcionar no sentido oposto: pode ser possível usar as tarefas cognitivas para reduzir fissuras por alimentos.Os resultados de um experimento revelaram que os voluntários que tinham desejo por alimento relataram redução da fissura depois de terem formado imagens de locais comuns (por exemplo, eles foram convidados a imaginar a aparência de um arco-íris) ou cheiros (eles foram convidados a imaginar o cheiro de eucalipto).
Note porém que são imagens e cheiros não associados a comida, lógico! Em outro experimento, os voluntários com fissura por um alimento assistiram a um padrão de pontos piscando em preto e branco em um monitor. Depois de ver o padrão, eles relataram uma diminuição na vivacidade de suas imagens de alimentos desejados, bem como uma redução nos seus desejos.
Segundo os pesquisadores, estes resultados indicam que engajar-se em uma tarefa simples visual parece uma promessa real como método para reduzir desejos por alimento. Os autores sugerem que as implementações no mundo real poderiam incorporar a exibição de estímulos visuais semelhante aos experimentos em aplicativos para smartphones, computadores e outros aparelhos portáteis. Ou seja, a saída é mudar o foco da comida para alguma outra coisa .
E, ousamos acrescentar: na hora em que você perceber que está começando a ter desejo por alguma comida, mude o foco para alguma coisa que ocupe não apenas seu cérebro, mas também suas mãos: um jogo de cartas, um game no computador, um desenho, pintura, tricô, crochê, um e-mail ou carta para alguém, visitar um site sobre algum assunto que lhe interessa (menos comida!). Outra saída, caso seja possível, é afastar-se do ambiente em que se encontra e fazer outra coisa fora dele: ir ao salão, dar uma caminhada, ir à academia, visitar um museu, e por aí vai.
Ocupe-se!
Além disso procure fazer uma alimentação balanceada e equilibrada. Uma boa alimentação há a possibilidade de comer de tudo um pouco claro verificando a qualidade e a quantidade dos alimentos. Procure auxilio com o profissional adequado, o nutricionista.
Fonte de pesquisa: Banco de Saúde
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